Cúpula do Clima: entenda o que é e quais serão os impactos no Brasil
Evento de líderes convocado pelo presidente dos EUA começa nesta 5ª feira (22), com a presença de 41 países
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A Cúpula de Líderes sobre o Clima é um evento que discutirá propostas de controle às mudanças climáticas e a redução de emissão de gases poluentes no mundo. O encontro foi uma proposta do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e ocorrerá na 5ª e 6ª feira (22 e 24 de abril).
Além dos Estados Unidos, representantes de outros 40 países foram convidados. Entre eles, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da China, Xi Jinping; e do Brasil, Jair Bolsonaro. Os três mandatários confirmaram presença no evento que será virtual, devido à pandemia de covid-19.
O Brasil deve enfrentar um ambiente duro nos dois dias de conferência pela imagem negativa sobre a questão ambiental do país no exterior. Durante a semana, por exemplo, o enviado especial dos Estados Unidos para questões climáticas, John Kerry, direcionou uma mensagem a Bolsonaro cobrando ações imediatas para o desmatamento ilegal no Brasil.
+ Secretário dos EUA cobra de Bolsonaro ações contra desmatamento
O recado veio após Bolsonaro enviar uma carta ao líder norte-americano, Joe Biden, afirmando que se comprometia a eliminar o desmatamento ilegal no país até 2030. Antes do documento, a porta-voz da Casa Branca disse esperar um "comprometimento claro" do Brasil para o fim do desmatamento ilegal.
A Cúpula do Clima vem como um projeto de campanha de Biden. Entre as propostas dos primeiros 100 dias no governo, o presidente norte-americano fez o compromisso de reunir parte dos principais líderes mundiais para discutir o enfrentamento à crise das mudanças climáticas.
O encontro tem a função de criar planos para redução de poluentes e emissão de gás carbônico até 2030, e assim frear o aumento do aquecimento global.
Além disso, a Cúpula deve tratar sobre a geração de emprego e renda para países que adotarem o compromisso de ação climática. Outros temas como uso de tecnologia e cooperativismo internacional e benefícios econômicos para combate à devastação também devem fazer parte da programação.
Há expectativa de que o Brasil apresente propostas que indiquem a intenção do governo em cumprir o antecipado na carta de Bolsonaro a Biden, como fim do desmatamento ilegal em 9 anos.
A depender da participação do país, novos investimentos internacionais podem ser direcionados ao Brasil para financiar medidas de combate à mudança climática, assim como outros benefícios econômicos -- tanto pelos acordos que forem formados quanto pela imagem do país no exterior.
Na 3ª feira (20.abr), governadores de 23 estados e do Distrito Federal direcionaram uma carta a Biden propondo uma parceria entre o Brasil e os EUA em prol do meio ambiente e desenvolvimento sustentável. O comunicado direcionado ao coordenador do evento pode trazer conteúdos sobre às discussões.
De forma negativa, os Estados Unidos têm acompanhado os desdobramentos que envolvem o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O chefe da pasta foi alvo de uma notícia-crime da Polícia Federal, com suspeita de que ele tenha atrapalhado medidas de fiscalização ambiental sobre o desmatamento irregular na Amazônia.
A Cúpula do Clima vai antecipar parte das discussões da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a Cop26, prevista para novembro na Escócia. O evento ocorre a cada cinco anos, e é um espaço onde líderes de países entram em acordos sobre a causa ambiental. O início do diálogo pode contribuir com o próximo evento.
Além disso, há expectativa de que líderes compartilhem novas metas, como redução de emissões de gases poluentes e, possivelmente, definam ações de preservação do meio ambiente.
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Além dos Estados Unidos, representantes de outros 40 países foram convidados. Entre eles, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da China, Xi Jinping; e do Brasil, Jair Bolsonaro. Os três mandatários confirmaram presença no evento que será virtual, devido à pandemia de covid-19.
O Brasil deve enfrentar um ambiente duro nos dois dias de conferência pela imagem negativa sobre a questão ambiental do país no exterior. Durante a semana, por exemplo, o enviado especial dos Estados Unidos para questões climáticas, John Kerry, direcionou uma mensagem a Bolsonaro cobrando ações imediatas para o desmatamento ilegal no Brasil.
+ Secretário dos EUA cobra de Bolsonaro ações contra desmatamento
O recado veio após Bolsonaro enviar uma carta ao líder norte-americano, Joe Biden, afirmando que se comprometia a eliminar o desmatamento ilegal no país até 2030. Antes do documento, a porta-voz da Casa Branca disse esperar um "comprometimento claro" do Brasil para o fim do desmatamento ilegal.
O que esperar da Cúpula?
A Cúpula do Clima vem como um projeto de campanha de Biden. Entre as propostas dos primeiros 100 dias no governo, o presidente norte-americano fez o compromisso de reunir parte dos principais líderes mundiais para discutir o enfrentamento à crise das mudanças climáticas.
O encontro tem a função de criar planos para redução de poluentes e emissão de gás carbônico até 2030, e assim frear o aumento do aquecimento global.
Além disso, a Cúpula deve tratar sobre a geração de emprego e renda para países que adotarem o compromisso de ação climática. Outros temas como uso de tecnologia e cooperativismo internacional e benefícios econômicos para combate à devastação também devem fazer parte da programação.
Impactos sobre o Brasil
Há expectativa de que o Brasil apresente propostas que indiquem a intenção do governo em cumprir o antecipado na carta de Bolsonaro a Biden, como fim do desmatamento ilegal em 9 anos.
A depender da participação do país, novos investimentos internacionais podem ser direcionados ao Brasil para financiar medidas de combate à mudança climática, assim como outros benefícios econômicos -- tanto pelos acordos que forem formados quanto pela imagem do país no exterior.
Outros possíveis impactos
Na 3ª feira (20.abr), governadores de 23 estados e do Distrito Federal direcionaram uma carta a Biden propondo uma parceria entre o Brasil e os EUA em prol do meio ambiente e desenvolvimento sustentável. O comunicado direcionado ao coordenador do evento pode trazer conteúdos sobre às discussões.
De forma negativa, os Estados Unidos têm acompanhado os desdobramentos que envolvem o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O chefe da pasta foi alvo de uma notícia-crime da Polícia Federal, com suspeita de que ele tenha atrapalhado medidas de fiscalização ambiental sobre o desmatamento irregular na Amazônia.
Por que a Cúpula importa?
A Cúpula do Clima vai antecipar parte das discussões da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a Cop26, prevista para novembro na Escócia. O evento ocorre a cada cinco anos, e é um espaço onde líderes de países entram em acordos sobre a causa ambiental. O início do diálogo pode contribuir com o próximo evento.
Além disso, há expectativa de que líderes compartilhem novas metas, como redução de emissões de gases poluentes e, possivelmente, definam ações de preservação do meio ambiente.
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