Bolsonaro encaminha carta a Biden com tom conciliador sobre meio ambiente
Documento traz meta ambiciosa de erradicação do desmatamento ilegal em 2030
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Em carta endereçada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Bolsonaro afirma que o Brasil está disposto a trabalhar com a comunidade internacional e com diversos setores em questões relacionadas à preservação ambiental. No documento, o presidente brasileiro se compromete a eliminar o desmatamento ilegal no país até 2030.
"Alcançar essa meta, entretanto, exigirá recursos vultuosos e políticas públicas abrangentes, cuja magnitude obriga-nos a querer contar com todo o apoio possível, tanto da comunidade internacional, quanto de governos, setor privado, da sociedade civil e de todos os que comungam desse nobre objetivo", afirma.
Sem citar nomes, Bolsonaro diz na carta que o desmatamento na Amazônia começou a se intensificar em 2012, ano em que Dilma Rousseff presidia o Brasil. "Reconheço, por exemplo, que temos diante de nós um desafio de monta, com o aumento das taxas de desmatamento na Amazônia, que se vem verificando desde 2012."
No entanto, dados do Projeto Monitoramento do Desmatamento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram um cenário diferente do exposto na carta.
Entre 2011 e 2012, o desmatamento da Amazônia Legal caiu de 6.418 kilômetros quadrados para 4.571 kilômetros quadrados. De lá para cá, o índice teve oscilações e alcançou 11.088 kilomêtros quadrados, maior patamar registrado nos últimos 12 anos.
A carta foi encaminhada como um agradecimento ao convite de Biden a Bolsonaro para a cúpula de líderes sobre o clima, que será realizada virtualmente em 22 e 23 de abril de forma. A presença do presidente brasileiro está confirmada.
Sobre a região amazônica, o presidente menciona a importância do seu desenvolvimento para a melhoria dos indicadores sociais. "É possível promover o crescimento e o dinamismo de maneira ambientalmente responsável, e em nenhum lugar esse objetivo é mais premente do que na Amazônia", argumenta.
ONGs
O presidente cita a importância do terceiro setor, o qual estão incluídas as organizações não governamentais (ONGs), e de indígenas no desenvolvimento sustentável da região. "Queremos ouvir as entidades do terceiro setor, indígenas, comunidades tradicionais e todos aqueles que estejam dispostos a contribuir para um debate construtivo e realmente comprometido com a solução dos problemas."
O tom apaziguador de Bolsonaro contrasta com ataques já feitos por ele a ONGs e líderes indígenas. Em setembro do ano passado, o presidente chamou ONGs que atuam na Amazônia de câncer.
LEIA A CARTA NA ÍNTEGRA
"Alcançar essa meta, entretanto, exigirá recursos vultuosos e políticas públicas abrangentes, cuja magnitude obriga-nos a querer contar com todo o apoio possível, tanto da comunidade internacional, quanto de governos, setor privado, da sociedade civil e de todos os que comungam desse nobre objetivo", afirma.
Sem citar nomes, Bolsonaro diz na carta que o desmatamento na Amazônia começou a se intensificar em 2012, ano em que Dilma Rousseff presidia o Brasil. "Reconheço, por exemplo, que temos diante de nós um desafio de monta, com o aumento das taxas de desmatamento na Amazônia, que se vem verificando desde 2012."
No entanto, dados do Projeto Monitoramento do Desmatamento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram um cenário diferente do exposto na carta.
Entre 2011 e 2012, o desmatamento da Amazônia Legal caiu de 6.418 kilômetros quadrados para 4.571 kilômetros quadrados. De lá para cá, o índice teve oscilações e alcançou 11.088 kilomêtros quadrados, maior patamar registrado nos últimos 12 anos.
A carta foi encaminhada como um agradecimento ao convite de Biden a Bolsonaro para a cúpula de líderes sobre o clima, que será realizada virtualmente em 22 e 23 de abril de forma. A presença do presidente brasileiro está confirmada.
Sobre a região amazônica, o presidente menciona a importância do seu desenvolvimento para a melhoria dos indicadores sociais. "É possível promover o crescimento e o dinamismo de maneira ambientalmente responsável, e em nenhum lugar esse objetivo é mais premente do que na Amazônia", argumenta.
ONGs
O presidente cita a importância do terceiro setor, o qual estão incluídas as organizações não governamentais (ONGs), e de indígenas no desenvolvimento sustentável da região. "Queremos ouvir as entidades do terceiro setor, indígenas, comunidades tradicionais e todos aqueles que estejam dispostos a contribuir para um debate construtivo e realmente comprometido com a solução dos problemas."
O tom apaziguador de Bolsonaro contrasta com ataques já feitos por ele a ONGs e líderes indígenas. Em setembro do ano passado, o presidente chamou ONGs que atuam na Amazônia de câncer.
LEIA A CARTA NA ÍNTEGRA
Carta Biden 14abr21 by MArcela Gracie on Scribd
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