RS: Defensoria entra com ação milionária contra Carrefour e empresa
Órgão pede R$ 200 milhões por danos morais e coletivos pelo assassinato de João Alberto, além de medidas socioeducativas
A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul (DPE) pediu uma indenização coletiva de R$ 200 milhões por danos morais e coletivos pelo homicídio de João Alberto Silveira Freitas, espancado até a morte no Carrefour, na zona norte de Porto Alegre, no último dia 19.
O protocolo foi feito nesta quarta-feira (25). Além do mercado, o grupo responsável pela segurança está no processo. O valor será destinado a fundos de combate à discriminação racial.
O órgão ainda pede que a unidade seja fechada por cinco dias, a criação de um plano de combate ao racismo e ao tratamento discriminatório voltado para funcionários.
No pedido, ainda consta o aparelhamento da nova delegacia de combate à intolerância, além do pagamento dos gastos pelo emprego da Brigada Militar nas manifestações devido à morte.
Até o momento, três pessoas foram presas: a agente de fiscalização Adriana Alves Dutra, além dos seguranças Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva, PM temporário.
Nesta semana, o Procon-SP pediu explicações ao Carrefour sobre o caso. A resposta deverá ser apresentada em 72 horas a partir desta segunda-feira (23). A rede deve esclarecer quais "critérios usa para selecionar as empresas que prestam serviços de segurança, além dos métodos de treinamento".
A empresa ainda deverá explicar quais procedimentos administrativos foram adotados após o episódio.