"Todo mundo quer abaixar os juros", diz Gabriel Galípolo
Cotado para Política Monetária do Banco Central, ex-secretário da Fazenda espera "consenso"
Indicado pelo governo para a Diretoria de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo disse ter "desde o início" uma boa relação com o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto. A declaração foi dada nesta 3ª feira (9.mai) a jornalistas. No encontro, Galípolo também afirmou esperar um "consenso" em relação à taxa de juros - atualmente em 13,75% - e defendeu diálogo.
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"Eu tenho uma boa relação com o Roberto Campos desde o início. Tenho uma boa relação com a diretoria também desde o início. O que não significa, obrigatoriamente, que todo mundo vai pensar igual em economia", declarou Galípolo.
O ex-secretário-executivo também citou um pensamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e defendeu o diálogo entre a política monetária e a política fiscal. "O ministro Fernando Haddad vem dizendo, há muito tempo, que ele está tentando evitar um equívoco que acontece na economia brasileira, que é você ter uma política monetária que vai para um lado e uma política fiscal que vai para o lado oposto. Esse tipo de diálogo e esse tipo de convergência entre a política monetária e fiscal é essencial", defendeu.
Sem comentar a ata divulgada pelo Comitê de Política Monetária, o Copom, com a justificativa de ainda ser necessário ter o nome aprovado no Senado para assumir o cargo no Banco Central, Galípolo também disse acreditar que a diretoria do BC quer abaixar a taxa de juros e que espera um "consenso" para que o tema avance.
"Eu acho que todo mundo quer abaixar os juros. Eu tenho convicção que toda a diretoria do Banco Central não tem nenhum tipo de satisfação, nem profissional nem pessoal, de ter um juros mais alto. Eu acho que o que vem sendo feito pelo pela Fazenda é tentar criar um ambiente para que o mercado possa colocar os preços da maneira adequada e que o Banco Central possa sancionar essa redução de juros", declarou.