Governo sofre derrota, e Renan é definido relator da CPI da Covid
Omar Aziz (PSD-AM) será o presidente, e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente do colegiado
Senador Renan Calheiros
Gabriela Vinhal
• Atualizado em
Publicidade
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) será o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. O líder da sigla no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), que tinha apelo do governo e aval da oposição, recusou o posto e apoiou o colega para o cargo. Renan é um forte crítico da gestão de Jair Bolsonaro (sem partido).
Diante disso, o acordo fechado entre os parlamentares prevê Omar Aziz (PSD-AM) na presidência do colegiado e o líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e autor do requerimento de instalação da comissão, na vice-presidência.
A escolha contrariou o pleito dos opositores, uma vez que é tradição na Casa oferecer o comando da CPI ao autor do pedido de criação do colegiado. A expectativa é que a primeira reunião do grupo ocorra na próxima 5ª feira (22.abr).
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), leu na 5ª feira (15.abr), em plenário, os nomes dos membros indicados que integrarão a CPI da Covid. Dos 11 titulares, sete são de oposição e "independentes" ao governo. Apenas quatro estão alinhados ao Palácio do Planalto: Ciro Nogueira (PP-PI), Marcos Rogério (DEM-RO), Eduardo Girão (Podemos-CE) e Jorginho Mello (PL-SC).
Na 3ª feira (13.abr), Pacheco leu em plenário o requerimento que oficializa a instalação da CPI. O colegiado investigará as ações do governo no combate à pandemia, além dos recursos federais encaminhados a estados e municípios. Isso porque Pacheco anexou ao ofício de Randolfe Rodrigues (Rede-AP) parte do requerimento protocolado pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que pedia a instalação de uma CPI para apuração da conduta dos governadores e dos prefeitos.