Polícia ouve testemunhas de acidente com alegoria que esmagou menina
Câmeras de segurança mostram que, além de Raquel, outras crianças também estavam sobre o carro alegórico
A Polícia do Rio de Janeiro já ouviu 7 testemunhas do acidente com um carro alegórico, da escola "Em Cima da Hora", que terminou com a morte da menina Raquel Antunes, de 11 anos. A criança teve as pernas esmagadas pela alegoria, que deixava a Marquês da Sapucaí, após o desfile pela Série Ouro do carnaval carioca, na última 4ª feira (20.abr).
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A mãe e a madrinha de Raquel prestaram depoimento, nesta 2ª feira (25.abr), por quase 3 horas. O diretor de carnaval da "Em Cima da Hora", Flávio Azevedo, também era aguardado pelos investigadores, mas apenas o advogado da agremiação foi até a delegacia. "Estamos aguardando a conclusão da perícia, fornecimento das imagens, para poder averiguar o que aconteceu de fato no local do acidente", afirmou o o advogado da escola, Douglas Almeida.
De acordo com a delegada responsável pela investigação, imagens de câmeras de segurança mostram que outras crianças, além de Raquel, estavam sobre o carro alegórico na dispersão. Com isso, o vídeo revela um cenário totalmente diferente do narrado pelo motorista da alegoria, que alegou não ter visto ninguém em cima da estrutura.
"Vamos examinar com mais afinco as imagens e contrastar com os depoimentos do motorista e dos guias, para que possamos fazer um juízo de culpa com mais segurança", declarou a delegada Maria Aparecida Mallet.
Por pouco, a mesma tragédia quase se repetiu, durante os desfiles de sábado (23.abr), também na Marquês da Sapucaí. A ex-chacrete Alba Regina Gomes, de 72 anos, que participava do desfile da escola "Paraíso do Tuiuti" passou mal e estava em uma cadeira de rodas, quando foi atingida pelo último carro alegórico. A escola estava atrasada e, por isso, o veículo estava mais rápido.
Dona Alba precisou ter a perna imobilizada e já teve alta. A "Paraíso do Tuiuti" informou ter acompanhado a idosa no hospital, e disse estar à disposição para ajudá-la.
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