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Especialista explica a relação entre os oceanos e a tragédia climática no RS

Professor da UnB afirma que aumento na temperatura dos mares está diretamente ligada ao volume das chuvas

Especialista explica a relação entre os oceanos e a tragédia climática no RS
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O Poder Expresso desta terça-feira (7) entrevistou o professor de oceanografia e geofísica da Universidade de Brasília (UnB), Marco Ianniruberto, para falar sobre a crise climática no Brasil e a tragédia no Rio Grande do Sul.

Segundo Marco, o aumento da temperatura nos oceanos é diretamente responsável pelos eventos climáticos, pela conexão que os mares têm com a atmosfera do planeta.

“O que acontece na atmosfera está estritamente relacionado com os oceanos. Quanto maior a temperatura superficial dos oceanos, maior será a transferência de calor para a atmosfera e a evaporação. É notório que, desde o início da industrialização, a humanidade tem contribuído com a mudança da condensação química da atmosfera, em especial através de emissão de gases oriundos de combustíveis fósseis”, explicou o professor.

+ RS tem alerta vermelho para novas tempestades; veja regiões que podem ser afetadas

Marco aponta ainda que especialistas já apontavam para o risco de eventos climáticos extremos como o das últimas semanas no Sul, o que inclui integrantes do atual governo federal.

“Não é de hoje que os cientistas e alguns poucos políticos, notadamente a atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, vêm alertando sobre as consequências das mudanças climáticas. Os modelos desenvolvidos por mais de mil cientistas de nível internacional são bastante precisos com essas previsões. O Sul do Brasil será afetados por um aumento das chuvas, enquanto, por exemplo, a região da Bacia Amazônica vai ser afetada por um fenômeno oposto, de estiagem”, avaliou.

Nível da água pode demorar até 20 dias para baixar

A situação trágica no Rio Grande do Sul levanta questionamentos sobre o nível das águas e quando a inundação vai baixar. Segundo previsões do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a água pode começar a baixar nos próximos 4 dias.

No entanto, há a possibilidade de que a cheia permaneça por entre 15 e 20 dias, de acordo com a meteorologista do SBT RS, Estael Sias. O risco é que, além do desabastecimento de água potável, ocorra surtos de dengue.

A chegada de temperaturas mais baixas, a partir do início da próxima semana, além de mais chuvas, agrava a calamidade. Com isso, os rios podem sofrer um "repique", com a água subindo ainda mais.

Assista à entrevista na íntegra:

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