Pai é preso após matar o filho de quatro anos no Rio Grande do Sul
Homem alega que disparo foi acidental, mas versão tem contradições segundo a polícia
Um homem foi preso após atirar no filho durante uma discussão com a mulher em São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre. Acriança não resistiu e morreu. O pai alega que o disparo foi acidental.
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O menino Davi Luiz Saturno Alves, de quatro anos, foi baleado no pescoço. O pai dele, Jocelei Alves, de 44 anos, havia consumido drogas e estava armado, quando começou uma briga com a mulher, que é mãe da criança. Segundo a polícia, foram feitos pelo menos 10 disparos.
Em depoimento, o suspeito alegou que não teve intenção de matar o filho. Jocelei disse que durante a discussão apontou a arma para a mulher, mas o revólver escorregou porque ele tinha graxa nas mãos. Por isso, o disparo acertou o menino. Ele explicou que, ao ver a criança ferida, atirou várias vezes contra um cadeado para abrir o portão e trazer o filho o mais rapidamente possível aqui para a emergência deste hospital.
Essas imagens mostram o pai chegando de caminhonete, com o menino. Policiais militares cercam o homem na entrada do hospital. Ele e a mãe da criança se desesperam. Davi já estava sem vida. Jocelei foi preso em flagrante. Segundo o delegado, a versão dele tem contradições.
"Ele não apresenta a arma do crime à polícia, ele simplesmente pega a arma do crime e se desfaz dela num córrego. A casa é monitorada por câmeras, e ele não tem, não nos cede, não nos fornece a senha pra acesso das imagens pra gente comprovar o que de fato aconteceu", afirma o delegado André Serrão Izidio da Silva.
Abalada, a mãe da criança compareceu à delegacia, mas não conseguiu prestar depoimento. Na casa, a polícia encontrou uma espingarda. O suspeito disse que mantinha armas e câmeras de segurança para se proteger de desafetos da época em que esteve preso, há cinco anos, por roubo.
"Ele tinha uma noção no manejo de arma. Ele sabia que arma não se aponta a esmo para qualquer um, a não ser que seja para você utilizá-la, e ele assume o risco nesse momento", diz o delegado.
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