Doria fala de economia e política em encontro promovido pelo grupo Parlamento
Governador de SP defende pacto pelo país, em eventual vitória nas eleições
O governador de São Paulo, João Doria, do PSDB, participou neste domingo (30.jan) de uma live (transmissão ao vivo pela internet) promovida pelo grupo Parlatório SA, que reúne economistas, empresários, operadores de mercado, advogados e tem curadoria do ex-presidente da República, Michel Temer. O ciclo de entrevistas já recebeu o ex-ministro e pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT-CE).
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No evento, João Doria disse que "o Brasil, hoje, lamentavelmente vive a tempestade perfeita do fracasso. Tem solução? Tem solução, a solução é a democracia. Nada melhor do que a democracia. É pela democracia que nós podemos mudar o Brasil dessa tempestade perfeita para um tempo de esperança", criticou. O governador de São Paulo é pré-candidato à presidência da República. Em resposta ao ex-presidente Michel Temer, que coordena o projeto, João Doria afirmou que, caso seja eleito, fará um pacto pelo país.
As eleições não serão fáceis, serão duras, serão difíceis. Mas, passada a eleição, o Brasil precisa de um pacto pela nação, é um pacto nacional, sim, um pacto pelo Brasil e temos que ter discernimento, coragem e ao mesmo tempo, humildade para convidar todos os que não venceram, os que não participaram sequer das eleições, a sociedade política, absolutamente todos, para construirmos um pacto pelo Brasil, um pacto pela paz, um pacto pelo desenvolvimento, um pacto pelo combate à pobreza, à miséria e ao desemprego, um pacto pela democracia e um pacto que permita ao Brasil navegar por águas que sejam compartilhadas por todos, disse João Doria em entrevista.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também participou da conversa. Ele questionou o Doria sobre os planos para a economia, caso vença as eleições deste ano. O governador de São Paulo disse que para fazer a economia avançar é preciso respeitar a Constituição e a ordenação econômica, não romper o teto de gastos e promover a desestatização adequada ao tamanho da máquina pública. "Ter uma boa equipe é fundamental, é impossível você ter uma boa gestão econômica, primeiro como um homem só, a economia brasileira está tão desordenada que é impossível, mesmo que tivéssemos um gênio na economia, ele não iria resolver. Nós temos que ter uma equipe de trabalho que permita que o Brasil cresça, se desenvolva, gere empregos, mantenha a credibilidade e não ultrapasse o teto de gastos", explicou.
O governador de São Paulo falou ainda sobre a postura dele em relação ao ICMS. O tributo, que incide sobre combustíveis e alimentos, é determinado de forma independente pelos estados e Distrito Federal. Doria disse ser contra o aumento de impostos. "Você pode fazer uma boa administração fiscal, pode reduzir impostos, sim, em áreas estratégicas, desde que a contrapartida seja muito clara. A contrapartida, primeiro de atender a população vulnerável. Aqui em São Paulo, nós geramos aqui o ICMS para medicamentos e reduzimos a aplicação do imposto para produtos da cesta básica", concluiu. Veja a entrevista do governador de São Paulo, João Doria, organizada pelo grupo Parlamento.