Polícia prende quadrilha especializada em montar clínicas de estética clandestinas
Profissionais se passavam por médicos, mas -- na verdade -- tinham formação bem diferente
Cinco pessoas foram presas, no Rio de Janeiro, suspeitas de fazer parte de uma quadrilha especializada em montar clínicas de estética clandestinas. Os profissionais se passavam por médicos, mas -- na verdade -- tinham formação bem diferente.
Almir Paixão da Silveira Júnior e Rafaella Ferreira Trovão foram presos em casa, em Realengo, na zona oeste do Rio. Ele é eletricista, mas atuava como anestesista em cirurgias, como lipoaspiração, e também era conhecido como "Doutor Júnior".
O casal é dono da clínica ilegal que fazia procedimentos estéticos em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O local foi alvo da primeira fase da operação policial, em novembro do ano passado.
Na época, os agentes prenderam em flagrante o médico peruano Jaime Javier Garcia Caro, que não tinha especialização como cirurgião, e o colombiano Jean Paul Perez Barraza, que se passava por anestesista, mas não possuía registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).
Eles respondiam às acusações em liberdade, mas, nesta segunda-feira, Jaime e Jean foram presos novamente porque uma das pacientes que eles atenderam está internada há três meses, devido a complicações causadas pelos procedimentos realizados. Também foi presa Antônia Gerda Araújo Pinto, quando trabalhava em uma clínica em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Segundo as investigações, a quadrilha usava influenciadores digitais e postagens em redes sociais para atrair as vítimas. As clínicas clandestinas também ofereciam preços mais em conta, bem abaixo do que era cobrado pelo mercado. Os cinco presos vão responder por associação criminosa, exercício ilegal da medicina e lesão corporal gravíssima.