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"É hora de baixar armas e procurar meios de ajudar nossos irmãos gaúchos", diz deputado Pastor Diniz

Em entrevista ao SBT News, congressista falou sobre tragédia no RS, visita técnica à Ilha de Marajó (PA) e veto ao fim das "saidinhas" para visita à família

"É hora de baixar armas e procurar meios de ajudar nossos irmãos gaúchos", diz deputado Pastor Diniz
Pastor Diniz defende união de brasileiros para ajudar RS
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O deputado federal Pastor Diniz (União-RR) defendeu, nesta terça-feira (7), em entrevista ao SBT News, que os brasileiros se unam para ajudar os gaúchos na reconstrução do Rio Grande do Sul e a saírem do atual momento delicado causado pelas fortes chuvas que atingiram o estado nos últimos dias, deixando mortos, desaparecidos e um rastro de destruição.

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"Não é hora de nós [brasileiros] estarmos guerreando, digladiando, não", pontuou Diniz, após ser questionado sobre como avalia o fato de muitas pessoas estarem politizando o episódio e apontando um político ou outro como sendo culpado pela tragédia. "Agora é hora de baixar as armas, agora é a hora de baixar o que eu acho e o que eu devo de achar e procurar meios e caminhos de ajudar os nossos irmãos gaúchos nesse momento tão difícil de famílias que estão desaparecidas, filhos que morreram, crianças que morreram, pais que morreram."

Segundo o parlamentar, o estado está "no começo de um momento muito duro da história dos nossos irmãos gaúchos" e estes precisam da força e da unidade dos brasileiros "para ajudá-los a reconstruir o Rio Grande do Sul e a saída desse momento tão delicado".

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Para Diniz, o cidadão brasileiro, independentemente se identifica-se como de direita, de esquerda ou centro, ou nenhuma dessas posições, precisa entender que o momento "é de darmos os braços, fazer as doações, fazer com que chegue lá para eles o alento".

De acordo com o balanço mais recente da Defesa Civil do RS, as fortes chuvas deixaram 95 mortos. Outros quatros óbitos estão em investigação. Há também 131 pessoas desaparecidas. O número de feridos aumentou para 362, e mais de 204 mil pessoas estão fora de suas casas; 48.297 delas estão desabrigadas e outras 156.056 estão desalojadas. No total, mais de 1,4 milhão de indivíduos foram afetados pelas chuvas, em 397 municípios.

Ilha de Marajó

Outro assunto abordado na entrevista foi a visita técnica feita por Diniz e outros deputados federais à Ilha de Marajó, no Pará, no final de abril, para apurar denúncias sobre casos de pedofilia e exploração sexual na região. Em fevereiro, publicações com denúncias sobre exploração sexual de crianças na Ilha estavam tomando as redes sociais; o movimento começou após um vídeo da cantora evangélica Aymeê Rocha em um reality gospel viralizar no YouTube.

"Tem exploração sexual infantil lá? Tem como em muitos lugares no Brasil todo. Isso é uma coisa que existe em todo o Estado brasileiro, infelizmente. Mas lá, na Ilha de Marajó, a situação é preocupante porque o abuso acontece dentro da família, ele é intrafamiliar, ele é praticado por pessoas membros da família", ressaltou o deputado do União Brasil.

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"É o avô, é o pai, é o irmão, é o tio. São pessoas do convívio que praticam isso. E aí, por vezes, o abuso começa com a criança com 8 anos de idade e geralmente vai se descobrir quando ela está lá na puberdade, já com 12, 13, 14 aninhos, e essa criança já aparece grávida por vezes".

Segundo Diniz, as informações colhidas pelos deputados na visita técnica serão levadas ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e aproveitadas por uma CPI para investigar a exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil, que foi solicitada pelo deputado Fernando Rodolfo (PL-PE) e ainda não foi criada. O requerimento de criação já alcançou as 172 assinaturas necessárias.

"Nós encontramos uma situação muito delicada que precisa para ontem de política pública muito séria para punir esse agressor e acabar com esse ciclo de violência que existe dentro dessas famílias que moram na Ilha de Marajó", afirmou Diniz.

"Saidinhas"

O Congresso Nacional deve analisar na próxima quinta-feira (9) o veto parcial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Projeto de Lei que trata das "saidinhas" de presos. Na entrevista ao SBT News, o deputado Pastor Diniz, que defende a derrubada do veto, disse que o fim da saída temporária para visita à família não contradiz um valor cristão. Em 16 de abril, em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que a saída temporária de presos para visitar a família é um valor cristão.

"O fim da saidinha não quebra nenhum princípio cristão, porque quem não quer ser punido pela lei, então não faça por onde. Tome os seus devidos cuidados. Porque ela está ali justamente para punir o infrator", pontuou o Pastor Diniz.

"Se você, um cidadão de bem, que trabalha, paga os seus impostos, tem direito ao retorno dele, por que temer a lei? Vai temer a lei quem não quer se submeter a ela. E se não quer se submeter a ela, então paciência".

Confira a íntegra da entrevista:

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