Irã insta países muçulmanos a adotarem sanções e embargo de petróleo a Israel
Membros da Organização de Cooperação Islâmica (OIC) participam de uma reunião de emergência após bombardeio de hospital em Gaza
O Ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã instou países muçulmanos a impor sanções, incluindo embargo de petróleo, a Israel. A fala aconteceu horas após o bombardeio de um hospital na Faixa de Gaza.
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A Autoridade Palestina culpa Israel pelo bombardeio que deixou mais de 500 mortos e centenas de feridos. Israel, em contrapartida, afirma se tratar de um míssil lançado pelo grupo Jihad Islâmico, que negou a autoria.
"Esperamos que os países islâmicos que têm relações diplomáticas com o regime sionista cortem imediatamente as suas relações e expulsem o embaixador israelita do seu país", disse Hossein Amirabdollahian num vídeo transmitido pela televisão estatal do Irã.
"Em segundo lugar, a exportação de petróleo para Israel e qualquer projeto que exista entre qualquer estado islâmico e Israel deve ser interrompido imediatamente.", continuou. Ele está em Jeddah, na Arábia Saudita, para reunião de emergência da Organização de Cooperação Islâmica (OIC), composta por 57 nações.
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Um ataque sem precedentes do grupo Hamas contra Israel, em 7 de outubro, deixou 1,400 mortos, e, desde então, Tel Aviv iniciou uma defensiva contra a Faixa de Gaza, um território palestino de 41 km de comprimento e 10 km de largura, que faz fronteira com Israel e Egito. O local, que tem o território menor que a cidade do Rio de Janeiro, é abrigo de 2,1 milhões de civis.
Até está 4ª feira (18.out), o número de mortos em decorrência de bombardeios israelenses já chega a 3.478 e 12.065 feridos. A maioria mulheres e crianças. Ainda segundo o último relatório divulgado pelo Ministério da Saúde de Gaza, há 1.300 pessoas desaparecidas sob os escombros de residências, incluindo 600 crianças.
A Organização das Nações Unidas e organizações humanitárias internacionais, como Médicos Sem Fronteiras, Cruz Vermelha e Save The Children, voltaram a instar por um cessar-fogo humanitário imediato. Com o acesso à água, comida, insumos médicos e combustível bloqueado por Israel, o território palestino sofre com a falta de insumos básicos e água potável para tratar civis deslocados e feridos.
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