Hun Sen, líder da Ásia há mais tempo no poder, anuncia renúncia
Após 38 anos, Premiê do Camboja, planeja transferência para filho sob justificativa de que país precisa de governantes mais jovens
O premiê de longa data do Camboja, Hun Sen, de 70 anos, revelou sua intenção de ceder o poder após 38 anos no comando. Ele é o líder da Ásia há mais tempo no poder.
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Seu filho mais velho, o general Hun Manet, emergiu como o herdeiro escolhido para liderar o país. A justificativa por trás dessa decisão é a crença de que líderes mais jovens trarão novas perspectivas e impulsionarão o país rumo a um futuro mais promissor.
O filho do premiê obteve formação acadêmica nos Estados Unidos e no Reino Unido. Ele mantém perfil discreto e dá poucas pistas sobre os planos para o futuro do Camboja e seus 16 milhões de habitantes.
Após o pleito do último domingo (23. jul), no qual o Partido Popular do Camboja (CPP, na sigla em inglês) saiu vitorioso sem enfrentar uma oposição significativa, o anúncio foi realizado.
Apesar de sua decisão de se afastar do cargo de primeiro-ministro, Hun Sen deixou claro que não abandonará a política por completo. Ele planeja permanecer envolvido no cenário político ao continuar liderando o "CPP" e assumindo a presidência do Senado. Além disso, durante as viagens do rei Norodom Sihamoni ao exterior, o líder estará pronto para assumir temporariamente o comando do Estado, e, se necessário, retomar o papel de primeiro-ministro caso seu filho não alcance um desempenho satisfatório.
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O Premiê do Camboja, um veterano da política cambojana, teve uma carreira incomum. Inicialmente envolvido com o Khmer Vermelho, uma organização revolucionária, ele rompeu os laços após discordâncias ideológicas e buscou refúgio em outro país. No entanto, sua determinação o levou de volta ao Camboja, onde conquistou posições influentes no governo, culminando em sua ascensão à posição de primeiro-ministro.