Após ser atingido por mísseis, Israel responde e ataca Líbano e Faixa de Gaza
É a primeira vez que Jerusalém confirma um ataque ao território libanês desde abril de 2022
Israel lançou ataques aéreos antes do amanhecer desta 6ª feira (7.abr) na Faixa de Gaza e no Líbano, dizendo que visava o grupo palestino Hamas em retaliação por dezenas de foguetes disparados contra Israel de ambos os territórios.
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Os ataques foram lançados por volta das 4h (0100 GMT), atingindo tanto a Faixa de Gaza quanto o sul do Líbano, disse um comunicado do exército israelense. Os militares "atingiram alvos incluindo infra-estruturas terroristas pertencentes à organização terrorista Hamas no sul do Líbano", completou.
É a primeira vez que Israel confirma um ataque ao território libanês desde abril de 2022.
Explosões foram ouvidas por jornalistas da AFP na região de Tire, no Líbano, bem como na Faixa de Gaza, onde os ataques aéreos israelenses começaram antes da 00h. Um morador de um campo de refugiados palestino próximo disse que "pelo menos dois projéteis caíram perto do acampamento".
As tensões aumentaram entre Israel e os palestinos durante o que é a Páscoa judaica e o mês sagrado muçulmano do Ramadã, levando a pedidos internacionais de moderação.
O mais recente surto de violência ocorre depois que a polícia israelense entrou em confronto com palestinos dentro da mesquita Al-Aqsa de Jerusalém - o terceiro local mais sagrado do Islã.
Na 5ª feira (6.abr), o exército israelense disse que mais de 30 foguetes foram disparados do território libanês contra Israel, na maior escalada na fronteira norte desde que Israel e o Hezbollah travaram uma guerra de 34 dias em 2006.
Isso foi seguido por explosões na Faixa de Gaza, ouvidas por jornalistas da AFP. O exército israelense confirmou que atingiu dois túneis e "dois locais de fabricação de armas" pertencentes ao Hamas "como resposta às violações de segurança do Hamas durante os últimos dias".
Horas antes de Israel lançar os ataques aéreos no sul do Líbano, vários mísseis foram disparados de Gaza em direção a Israel.
O Exército disse que suas defesas aéreas interceptaram 25 dos foguetes disparados, enquanto cinco atingiram o território israelense.
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Após os ataques antes do amanhecer no Líbano, o exército israelense disse que "não permitirá que a organização terrorista Hamas opere de dentro do Líbano e responsabilize o estado do Líbano por todos os disparos direcionados que emanam de seu território".
Itamaraty
O ministério das Relações Exteriores divulgou, nesta 6ª feira (7.abr) uma nota sobre as ocorrências em Jerusalém Oriental. O Itamaraty condenou o lançamento indiscriminado de foguetes contra civis israelenses, a partir da Faixa de Gaza e do território libanês.
A nota afirma também que "o governo brasileiro vem acompanhando com preocupação a escalada da violência na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental. Neste período de reflexão e simbolismo religioso, em que coincidem o Ramadã, o Pessach e a Semana Santa, as investidas das forças de segurança israelenses contra fiéis muçulmanos naquele lugar sagrado mostram-se ainda mais graves".
E conclui alertando "as autoridades israelenses a respeitarem o status dos locais sagrados e conclama todas as partes envolvidas a se absterem de represálias que apenas contribuem para a escalada de mais tensão e violência".