Argentina anuncia novo acordo com o FMI; dívida chega a US$ 44 bi
Antes de entrar em vigor, negociação deve ser aprovado pelo Congresso argentino
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou, na última 6ª feira (28.jan), um novo acordo de crédito com o Fundo Monetário Internacional (FMI), com quem o país acumula uma dívida de 44 bilhões de dólares.
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Em discurso, Fernández afirmou que o acordo da dívida, encarada como um problema que "deixava [os argentinos] sem presente nem futuro", permitirá que Argentina cresça. "Este acordo não nos condiciona. Vamos poder agir exercendo a nossa soberania e levar a cabo as nossas políticas de crescimento, desenvolvimento e justiça social. Temos que crescer para poder pagar", afirmou Fernández.
O novo acordo vai substituir outro firmado pelo país em 2018, durante o mandato do ex-presidente Maurício Macri, cujo prazo máximo de vencimento estava previsto para 2024. A mais recente negociação, por sua vez, amplia os prazos. Agora, o país poderá pagar a dívida entre 2026 e 2032.
Antes de entrar em vigor, o acordo, no entanto, deve ser aprovado pelo Congresso argentino e pela diretoria-executiva do FMI. Segundo o ministro da Economia do país, Martín Guzmán, a renegociação não terá efeitos sobre as taxas de câmbio, rebatendo os rumores de que o peso argentino sofreria uma desvalorização.
Além disso, informou que o déficit primário em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) será de 2,5% para 2022, 1,9% para 2023 e 0,9% para 2024. Quanto à inflação, disse que uma nova política monetária será implementada "como parte de uma abordagem múltipla para enfrentar a inflação alta e persistente".