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Haddad diz que decisão do STJ sobre ICMS abre espaço para redução de juros

Para ministro, recomposição do orçamento pode impactar no processo de queda de juros no Banco Central

Haddad diz que decisão do STJ sobre ICMS abre espaço para redução de juros
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta 4ª feira (26.abr) que a decisão tomada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) de autorizar que a União cobre impostos federais sobre benefícios fiscais concedidos pelos estados por meio do ICMS, é "exemplar" e abre caminhos para o Banco Central (BC) reduzir a taxa básica de juros, Selic, hoje em 13,75%. Com a futura recomposição do orçamento, a equipe econômica estima que a decisão pode assegurar R$ 90 bilhões em arrecadação. 

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Segundo o ministro, o país tem registrado boas notícias no campo inflacionário, com taxas mensais mais baixas do que o esperado. Haddad também não acredita que a decisão seja revista pelo STJ, após a liminar do ministro André Mendonça sobre o tema. 

"Claro que [essas medidas] abrem. Só temos boas notícias no campo da inflação e na recomposição do Orçamento. São as duas coisas imprescindíveis. Com essa taxa de 13,75% o Brasil não vai crescer", declarou. "O empresário não tem que ganhar dinheiro deixando de recolher tributo. Ele tem que ganhar dinheiro com juro baixo e investindo. É o investimento que gera lucro e que gera riqueza", concluiu.

O ministro da Fazenda também afirmou que está tomando as medidas para que a reforma tributária seja aprovada ainda no primeiro semestre pelo menos na Câmara e que o arcabouço também receba o aval dos parlamentares. "Estamos fazendo as coisas para, efetivamente, terminarmos o primeiro semestre com a reforma tributária aprovada pelo menos na Câmara, o que já é um enorme passo, arcabouço fiscal aprovado, medidas saneadoras aprovadas para ir um Orçamento bonito pro Congresso Nacional em agosto", disse.

Entenda a decisão

Em decisão unânime da primeira seção do STJ, durante análise de um conjunto de ações sobre descontos do INSS, o tribunal deu ganho parcial ao governo ao permitir a União cobre IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Física) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) sobre benefícios fiscais do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Só que mais cedo, ainda nesta 4ª feira (26.abr), o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma liminar para tornar sem efeito qualquer decisão do STJ relacionada ao tema.

Haddad avaliou que a liminar do STF não deve alterar a decisão do STJ. 

"A decisão vai dar conforto de que o arcabouço fiscal veio para ficar. Ele é estável, crível, vamos perseguir os objetivos dele. Virou uma cruzada isso aqui. Vamos tomar Jerusalém e vamos arrumar as contas públicas desse País para a gente ter paz. E parar um pouco de inventar gastos, inventar renúncia. Toda hora tem uma pressão nova. Temos de moderar as pressões, colocar tudo em ordem e o Brasil tem tudo para crescer. O interesse mundial no Brasil é enorme. Muita gente esperando uma definição dessas poucas coisas que faltam para investir no Brasil", declarou.

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