MBL denuncia MTST ao Ministério Público por causa de protesto em shopping
Vereador Rubinho Nunes (União) quer que grupo seja enquadrado como "organização criminosa"
O vereador de São Paulo Rubinho Nunes (União) e o pré-candidato a deputado estadual paulista Guto Zacarias, ambos integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), denunciaram o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) ao Ministério Público (MP) por causa da manifestação realizada na 4ª feira (8.jun) dentro do shopping de luxo Iguatemi, na zona oeste de São Paulo. Rubinho e Guto acusam o MTST de invasão de propriedade e organização criminosa.
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Cerca de 100 pessoas participaram do ato no shopping. Placas e cartazes contra o desemprego, o aumento da fome no país e o presidente Jair Bolsonaro (PL) eram carregadas por manifestantes. Pelo Twitter, nesta 4ª, Rubinho disse que os brasileiros e especialmente os paulistas são "reféns" do MTST desde o final da década de 90. Ainda de acordo com ele, o grupo "aterroriza inocentes proprietários de imóveis que não têm culpa a respeito dos problemas de moradia do país".
Ao MP, o vereador afirmou que o movimento dos sem-teto foi criado para "cometer, principalmente, os crimes de violação de domicílio (art. 150 do Código Penal) e esbulho possessório". "A reivindicação por direito à moradia é justa e legítima, mas não através do medo, terror e intimidação de pessoas inocentes. Invadir propriedade alheia e declará-la como sua é vil e autoritário! Afinal, o direito à propriedade está previsto no art. 5º, XXII da Constituição! Infelizmente, o movimento dos sem-teto ficou acomodado na impunidade que lhes é garantida pelo sistema brasileiro. Mas precisamos dar um basta nisso! Não podemos permitir que o MTST continue cometendo crimes livremente. Eles não estão acima da lei!", completou o parlamentar no Twitter.
Guto Zacarias, por sua vez, sugeriu no Instagram que o MTST tenta criar o terrorismo em São Paulo e afirmou que, se quiserem protestar contra a fome, devem ir a Brasília defender o agronegócio. O movimento é o maior social urbano do Brasil e visa a organizar a população periférica que sofre com a falta e mordia e reivindicar o direito a um lar digno.
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