Rússia acusa Ucrânia de torturar prisioneiros de guerra
Número de capturados não foi revelado, mas denúncias apontam para espancamento e privação de alimentos
O governo da Rússia informou, nesta 3ª feira (5.jul), que está investigando denúncias de tortura por parte da Ucrânia envolvendo soldados russos capturados em guerra. Segundo as autoridades, são apurados casos de espancamento, tortura com eletricidade e privação de alimentos ou água.
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Apesar das denúncias, Moscou não informou quantos militares estão presos em território ucraniano. Na última semana, o governo anunciou apenas que 144 soldados foram capturados durante as batalhas, que agora se intensificam no leste do país. Até o momento, 6 mil ucranianos estão detidos na Rússia.
As acusações do Kremlin acontecem em meio a denúncias do governo da Ucrânia sobre crimes de guerra cometidos pelo exército russo. Tais ações, que incluem ataques a áreas residenciais e deslocamento forçado de civis, já estão sendo investigadas por membros da Anistia Internacional, União Europeia (UE) e do Tribunal Penal Internacional.
Em pronunciamento na 2ª feira (4.jul), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reforçou que "as tropas locais não podem baixar as armas, porque senão o estado e os cidadãos ucranianos desaparecerão''. "A Rússia escolheu o caminho da guerra, a Ucrânia está lutando pelo caminho da paz", afirmou.
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De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a ofensiva russa na Ucrânia já resultou na morte de ao menos 5 mil civis e 13 milhões de deslocados. Destes, 7,2 milhões estão em situação de refúgio na Europa e menos da metade foram inscritos em programas de proteção.