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Biden faz discurso duro contra Putin e anuncia novas sanções à Rússia

Em fala no Estado da União, presidente se solidarizou com país invadido: "Nós EUA estamos com o povo da Ucrânia"

Biden faz discurso duro contra Putin e anuncia novas sanções à Rússia
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Em seu primeiro discurso do Estado da União, tradicional pronunciamento no Congresso dos Estados Unidos, o presidente norte-americano Joe Biden condenou a decisão de Vladimir Putin, a quem chamou de "ditador russo", de invadir a Ucrânia, e anunciou novas sanções à Rússia. 

Em uma fala dura contra o presidente russo, que durou aproximadamente 12 minutos, Joe Biden destacou a importânia da diplomacia e da cooperação entre as nações para frear o avanço de Putin em direção aos países do leste europeu e vencer o que ele caracterizou como uma "batalha" entre a democracia e a autocracia russa. "Um ditador russo que invade um país estrangeiro tem custos em todo o mundo. (...) Ele rejeitou as tentativas de diplomacia. Achou que o Ocidente e a Otan não responderiam. Achou que poderia nos dividir nessa Nação, nos dividir em relação à Europa, mas nós continuamos unidos. Ele achou que poderia nos dividir aqui em casa. Mas Putin estava errado. Estávamos prontos!", disse Biden. 

"Na batalha entre democracia e autocracia, as democracias estão à altura das circunstâncias e o mundo está claramente escolhendo o lado da paz e da segurança. (...) A liberdade vai vencer a tirania", declarou.

O chefe de Estado norte-americano também enfatizou o propósito da criação da Otan, Organização do Tratado do Atlântico Norte, e prometeu proteger, com "toda a força" dos países aliados, "cada polegada" do território dos 29 países europeus que integram a aliança. "É por isso que a Aliança da Otan foi criada, para garantir a paz e a estabilidade na Europa após a Segunda Guerra Mundial. Os EUA são membros junto com outras 29 nações. Isso importa. A diplomacia americana é importante. (...) A guerra de Putin foi premeditada e não provocada. Ele achou que o Ocidente e a Otan iriam se dividir. Ele pensou que poderia nos dividir. Ele estava errado!", declarou o presidente dos EUA, sob aplausos.

O líder norte-americano dedicou boa parte de sua fala aos congressistas para exaltar a coragem do povo ucraniano durante a invasão, citando atos de resistência da população para conter o avanço das tropas russas. Biden explicou que, depois de "30 anos de liberdade", a população do país não iria tolerar essa invasão, e que já provou "estar disposta a lutar" por sua independência.

"Há 6 dias, Vladimir Putin, da Rússia, acho que iria abalar as próprias fundações do mundo livre, pensando que poderia fazê-lo se curvar aos seus caminhos ameaçadores, mas ele teve um erro de cálculo; ele se deparou com um muro de força: o povo ucraniano".

Biden menciou o discurso do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao Parlamento Europeu, na manhã desta 3ª feira, e agradece a presença da embaixadora ucraniana em Washington, Oksana Markarova, que foi aplaudida de pé pelo Congresso dos EUA, que usava bandeiras e broches com as cores do país invadido. "Estamos com o povo ucraniano", acrescentou Joe Biden.
Apesar disso, o presidente norte-americano enfatizou que não enviará tropas para combater o exército da Rússia na Ucrânia, exceto se Putin decidir atacar um dos membros da Otan. "Permitam-me ser claro: nossas forças não estão envolvidas e não participarão do conflito com as forças russas na Ucrânia", disse.

Joe Biden anunciou ainda mais um pacote de restrições econômicas como retaliação à guerra. A primeira delas, que começará a valer ainda nesta semana, é a proibição de pouso e o completo fechamento do espaço aéreo dos Estados Unidos para voos vindos da Rússia. 

Já a segunda e mais incisiva é a abertura de investigações, junto ao Departamento de Justiça dos EUA, contra oligarcas russos que estariam envolvidos em atividades criminosas. "Hoje eu digo aos oligarcas russos e líderes corruptos que roubaram bilhões de dólares deste regime violento, não mais", disse o norte-americano, ovacionado pelos presentes. "Estamos nos unindo aos nossos aliados europeus para encontrar e apreender seus iates, apartamentos de luxo, jatos particulares. Estamos atrás de seus ganhos ilegítimos", completou.

Para proteger empresas e consumidores contra uma possível crise econômica, gerada pelas sanções impostas, e principalmente uma elevação do preço dos combustíveis, Joe Biden informou a conclusão de negociões, junto a 30 países, para a liberação dos estoques de emergência de petróleo dos EUA e aliados: ao todo, serão 60 milhões de barris disponibilizados no mercado, dos quais 30 milhões sairão das reservas norte-americanas.

"Putin sabe que está isolado como jamais esteve, e nós estamos juntos. Juntos, com nossos aliados, estamos agora garantindo as sanções poderosas contra eles. (...) "As ações vão mostrar a Putin que ele ficou mais fraco e o resto do mundo ficou mais forte", concluiu.

Ao todo, o discurso do Estado da União de Joe Biden durou pouco mais de 1 hora, e passou por temas como enfrentamento à pandemia, combate à inflação e retomada econômica, direito ao voto e nomeação da primeira mulher negra à Suprema Corte dos EUA e investimento nas áreas de saúde e educação.

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