Reação não parece ser proporcional, diz Dino sobre operação no Guarujá
Ministro diz que acompanha o caso e que ainda não falou com governador Tarcísio
O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que a Operação Escudo, que acabou com a morte de pelo menos 8 pessoas no Guarujá (SP), foi uma reação que "não parece" ser proporcional. A operação ocorreu depois da morte do policial Patrick Bastos Reis.
"Chama atenção o fato de você ter um terrível crime contra um policial, um crime que merece o repúdio, a repulsa, sendo usado inclusive uma pistola de 9 mm, e houve uma reação imediata, que não parece ser, nesse momento, ser proporcional em relação ao crime que foi cometido", afirmou Dino.
O ministro disse que ainda não conversou com o governador de São Paulo e que vai aguardar a ação do governo estadual para se posicionar. "Neste momento o governo federal não pode atropelar, passar por cima das autoridades do governo de São Paulo".
Dino afirmou que o governo está acompanhando o caso e que é preciso garantir uma investigação independente. O ministro destacou o papel que as imagens das câmeras dos policiais vão ajudar na apuração.
Mais cedo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que "não houve excessos" na atuação de policiais durante a operação, em resposta à morte de um soldado da Rota.
Apesar disso, o Ministério Público (MP) de São Paulo informou que vai apurar a legalidade da operação.