Bolsonaro diz que Moro trabalhou contra regras pró-armas
Presidente afirmou ainda que o filiado do Podemos "não aguenta dez segundos de debate"
Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 2ª feira (6.dez) que o ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro (Podemos) atuou contra portarias para flexibilizar o uso de armas enquanto esteve no governo.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"O Lula falou que vai recolher as armas. O Moro também falou que ele podia ser mais rígido, me peitar mais durante a questão das portarias de armamento dele. Como é que o cara aceita trabalhar comigo sabendo que eu sou armamentista e depois trabalhar contra? Ele trabalhou contra muito tempo. Descobri mais tarde. Tinha que ter caráter, né? Falar "olha, não me interessa trabalhar porque eu sou de esquerda".
Pré-candidato à Presidência da República, Moro pode vir a disputar o cargo com Bolsonaro no ano que vem. Na mesma conversa em Brasília, nesta 2ª, o presidente o acusou de tentar imitar o slogan de sua campanha ao Palácio do Planalto em 2018: "Para tentar copiar o meu 'Brasil acima de tudo, Deus acima de todos', ele botou 'o povo acima de tudo'. Ainda de acordo com o chefe do Executivo, Moro "não aguenta dez segundos de debate".
Outro assunto abordado por Bolsonaro foi a escolha do vice para sua chapa em eventual candidatura a presidente da República em 2022: "Eu acertei com o Valdemar [Costa, presidente do PL] muita coisa. Não está escolhido o vice. O vice quem vai escolher sou eu. Essas notas que são pregadas na imprensa a gente sabe quem está pregando, lamentavelmente, para tumultuar, gente nossa. Essa não foi invenção da imprensa, foi pregação de gente nossa, gente querendo se cacifar. Agora, vice eu considero um casamento. Tem que ser uma pessoa que não te dê trabalho e que some. E, às vezes, mesmo a gente pensando isso, o tiro sai pela culatra. Imagina deixar na mão de terceiros para ecolher".
Veja também: