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"Uma covardia que estão fazendo", diz Bolsonaro sobre inquérito do STF

Presidente pediu a ministro para mostrar alguma publicação antidemocrática dos investigados

"Uma covardia que estão fazendo", diz Bolsonaro sobre inquérito do STF
O presidente da República, Jair Bolsonaro, participa de live ao lado do presidente da Caixa, Pedro Guimarães (Reprodução/Youtube)
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou nesta 5ª feira (1º.jul) de "covardia" a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de abrir um inquérito para apurar a existência de uma organização criminosa com a "finalidade de atentar contra a democracia". Bolsonaro sugeriu ainda que a medida pode ser uma retaliação a seu posicionamento a favor do voto impresso no Brasil.

As declarações foram feitas na tradicional transmissão ao vivo do chefe do Executivo federal pela internet. "Uma covardia que estão fazendo. Alexandre de Moraes, uma covardia. Será que é um troco porque eu falei de voto auditável hoje de manhã? Eu não te citei, mas são três ministros do Supremo que não querem voto auditável", disse o presidente.

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Ele pediu ainda ao magistrado para mostrar alguma publicação dos investigados que atente contra a democracia e afirmou: "não existe até hoje, você não acha em lugar nenhum, em dois anos e meio de governo, nenhuma frase minha, um ato ou uma declaração, um decreto que estivesse fora das quatro linhas da Constituição".

Também na live, pouco depois de dizer que o mercado "está ignorando" veículos de imprensa, Bolsonaro voltou a se defender das acusações de que seu governo teria praticado corrupção na compra da vacina indiana Covaxin; se referindo à participação policial militar e representante da Davati Medical Supply, Luiz Dominguetti, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, o presidente pontuou: "Hoje foi bonito quando o cabo lá se dirigiu ao senador e falou um negócio meio esquisito lá. Que corrupção é essa? Não pagamos um por nada. Não recebemos uma ampola, muito pelo contrário".

Críticas à CPI

As críticas de Bolsonaro na transmissão se dirigiram também às investigações no Senado: "A CPI está há dois meses funcionando. Continua morrendo gente, infelizmente. O que a CPI contribuiu para evitar ou diminuir o número de mortos? Nada, nada. É só um inferno o tempo todo. Tentando de toda maneira atingir o governo". Nas palavras do presidente, "é só fofoca, intriga o tempo todo".

Ainda em relação ao tema, ele comentou sobre uma resposta que o advogado do empresário Carlos Wizard teria dado nesta 4ª feira (30.jun) a uma brincadeira feita pelo senador Otto Alencar (PSD-BA). "Otto alencar, CPI não é lugar de palhaçada não, é coisa séria. Vocês poderiam estar fazendo igual o senado americano, que está batendo duro na possível origem do vírus, de laboratório, segundo eles lá, e também falando em tatamento imediato", disse o chefe do Executivo.

Defesa do voto impresso e ataque a Lula

Em momentos diferentes, Bolsonaro afirmou que o STF está interferindo no Congresso para evitar a implementação do voto impresso no Brasil e que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva só voltaria a vencer uma eleição se fraudasse o pleito, "porque no voto ele não ganha, não ganha de ninguém". Além disso, cobrou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a apresentação de provas de que a urna eletrônica é confiável e disse que desejar o voto impresso "é querer eleições limpas". "Isso é não querer eleger um bandido para a presidência da República", completou.

Reação ao "superpedido" de impeachment

No início da transmissão, o presidente riu do "superpedido" de impeachment protocolado nesta 4ª feira por partidos políticos de diversos espectros e entidades da sociedade civil. Segundo ele, a maioria do Congresso "está sintonizada" com as pautas do Governo Federal e o documento é assinado por "pessoas que realmente não tem o que fazer". "Em vez de ajudar o Brasil, não tem o que fazer, fica inventando essas questões aí para atrapalhar a vida de quem produz", acrescentou.

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