Guedes confirma mudanças na Economia e faz aceno ao Congresso
Ministro afirma que as alterações devem melhorar as negociações com deputados e senadores
O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou no início da noite desta 3ª feira (27.abr), cinco alterações na equipe econômica. A principal mudança é a troca na Secretaria Especial da Fazenda. Waldery Rodrigues deixa a função e no lugar assume o cargo o atual secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal.
Guedes deu entrevista no início da noite desta terça. Ele justificou a saída de Waldery dizendo que os dois já vinham conversando há algum tempo sobre a saída dele da secretaria. Waldery Rodrigues ficou ainda mais desgastado com parlamentares por causa das discussões sobre o Orçamento deste ano.
O secretário especial da Fazenda também se envolveu em polêmica com o presidente Jair Bolsonaro no ano passado quando ele sugeriu a extinção de benefícios socias para, em troca, bancar um novo programa para substituir o Bolsa Família. No fim, o governo manteve o programa social que já existia e não fez mais alterações.
Waldery vai seguir no Ministério da Economia como assessor especial. O ministro Paulo Guedes reconheceu que nos últimos meses a relação do secretário especial da Fazenda com parlamentares ficou ainda mais desgastada. "A Secretaria da Fazenda é onde tá o foco e onde o não é dito" ressaltou o ministro quando anunciou as trocas na Economia.
No lugar de Bruno Funchal, assume o economista Jefferson Bittencourt, que também já era assessor no Ministério da Economia, será o novo secretário do Tesouro Nacional. O servidor de carreira do ministério Ariosto Culau assume a Secretaria de Orçamento Federal, que era também alvo de reclamação de deputados e senadores. E Isaías Coelho será o novo assessor especial para tratar de reforma tributária.
Essas mudanças foram um aceno de Guedes para o Congresso Nacional. O ministro afirmou que as alterações devem melhorar as negociações com deputados e senadores. Aliados do Planalto têm cobrado que o presidente Jair Bolsonaro divida o Ministério da Economia e recrie pelo menos mais dois ministérios, entre eles, o Ministério do Planejamento.
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