"Lamento a deselegância do candidato Lula ao chamar-me de golpista", diz Temer
Filha do político do MDB disse que votará no petista apesar do ataque ao pai
O ex-presidente Michel Temer (MDB) criticou neste sábado (29.out) o candidato do Partido dos Trabalhadores à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, por tê-lo chamado de "golpista" no debate de 6ª feira (28.out). Segundo o emedebista, o integrante do PT agiu com "deselegância" ao fazê-lo.
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"Lamento a deselegância do candidato Lula ao chamar-me de golpista. Quem derrubou o governo petista foi o povo nas ruas e o Congresso Nacional. Na verdade, o que aconteceu no Brasil foi um 'golpe de sorte', pois recuperamos o país da maior recessão da sua história. Lula deverá perder preciosos votos daqueles que constataram a sua deselegância e inoportunidade política. Uma boa eleição a todos!", escreveu Temer no Twitter.
No debate, a referência a Temer foi feita quando o petista disse que o atual chefe do Executivo federal, Jair Bolsonaro (PL) "herdou a Presidência do Brasil de um golpista". Temer foi vice-presidente no governo Dilma e assumiu a Presidência em decorrência do impeachment dela. No processo para afastamento de Dilma, ele rompeu com o Partido dos Trabalhadores.
Em 6 de outubro deste ano, o emedebista divulgou uma nota sobre o posicionamento dele em relação à disputa presidencial de 2022. No comunicado, disse que apoiaria a candidatura que defendesse a democracia, cumprisse de forma rigorosa a Constituição, promovesse a pacificação, mantivesse reformas feitas em seu governo e propusesse ao Congresso "as reformas que já estão na agenda do país".
A professora Luciana Temer, filha de Michel Temer, disse em vídeo publicado no Instagram, neste sábado (29.out), que votará em Lula neste domingo (30.out), apesar de este ter chamado seu pai de golpista. "Quem me conhece sabe o quanto eu amo e admiro o meu pai. Mas deixa eu explicar uma coisa para quem ainda não entendeu: eu não defendo um homem, eu defendo um modelo de país, eu defendo um modelo de sociedade, que não é possível definitivamente com um governante que desrespeita as instituições, que é favorável a crianças não frequentarem a escola, que é favorável ao armamento das pessoas, que tem falas e atitudes machistas, racistas e homofóbicas", pontuou, atacando implicitamente o presidente Jair Bolsonaro (PL).
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