Lula faz ato em Minas e diz que recriará Ministério da Cultura se eleito
Ex-presidente prometeu mais incentivos ao setor: "a cultura não tem que ser vista como um gasto pelo governo"

Paulo Sabbadin
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à Presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores (PT), realizou um ato na noite desta 2ª feira (9.mai), em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Estiveram presentes aliados de outros partidos e artistas que apoiam a campanha.
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Aos artistas, Lula prometeu a volta do incentivo à cultura: "vocês percebem que eles desmontaram o Ministério da Cultura, eles destruíram, porque a cultura significa sabedoria, arte, converter as pessoas pra converter as coisas. Se eles ficarem incomodados, além de recriar o Ministério da Cultura, eu vou construir um comitê em cada estado, porque a cultura não tem que ser vista como um gasto pelo governo, a cultura tem que ser tratada como uma indústria extraordinária para gerar milhões de empregos para as pessoas que querem fazer arte e que querem trabalhar nesse país".
Um dos motivos da visita do ex-presidente ao estado é resolver o impasse com o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) sobre a indicação ao Senado. Lula deseja indicar o deputado federal Reginaldo Lopes (PT), enquanto Kalil tem preferência pelo senador suplente Alexandre Silveira (PSD).
No início de seu discurso, Lula agradeceu aos partidos PV, PCdoB, Psol, PSB, Rede e Solidariedade, que já formalizaram apoio à sua pré-candidatura: "conseguimos cumprir uma profecia de Paulo Freire, juntar os diferentes para vencer os antagônicos. Essa que é a nossa grande tarefa".
A fala do ex-presidente também foi marcada por ataques contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), que em suas palavras "representa a ignorância, a violência e o fascismo no Brasil. A gente vai ter que jogar esse fascismo no esgoto da história, porque o Brasil nasceu para a democracia, para o desenvolvimento", disse Lula.
"A gente tem que olhar e falar: Bolsonaro, seus dias estão contados, não adianta desconfiar de urna, o que você tem, na verdade, é medo de perder as eleições e ser preso depois que terminar as eleições", completou o ex-presidente.
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