Guedes propõe reforma mais enxuta, com taxação de super-ricos
Texto da reforma tributária foi aprovado com modificações pela Câmara e segue parado no Senado
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu, nesta 2ª feira (9.mai), uma reforma tributária "mais enxuta", com redução de impostos para empresas e taxação de "super-ricos". O texto da reforma foi aprovado com modificações pelos deputados, mas segue parado no Senado.
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"Nós temos que reduzir os impostos sobre as empresas. Há 40 anos os impostos baixam sobre as empresas no mundo inteiro, e há 40 anos os impostos sobre as empresas sobem no Brasil. Então a hora é agora. Já aprovamos essa reforma na Câmara dos Deputados, ela está travada no Senado, nós podemos fazer uma versão mais enxuta, tributando os super-ricos e reduzindo o imposto sobre as empresas. É o que falta para o Brasil receber esses investimentos. A nossa reforma reduzia os impostos de 24% para 36% no primeiro movimento", afirmou o ministro.
A declaração foi dada durante o lançamento da plataforma Monitor de Investimentos -- uma parceria do ministério com o Banco Intramericano de Desenvolvimento (BID). Ainda no evento, Guedes falou sobre o IPI, ao qual chamou de "imposto contra a indústria brasileira". "Nós desindustrializamos o Brasil ao longo dos últimos 20, 30 anos. Pela primeira vez estamos reduzindo o imposto sobre produção industrial", disse.
Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu uma decisão do governo de reduzir o IPI para produtos fabricados na Zona Franca de Manaus, no Amazonas. Moraes atendeu ao pedido do partido Solidariedade, que defende que a redução do IPI e os decretos publicados pelo Executivo federal "não teriam observado a função de seletividade que a Constituição Federal impõe ao IPI, que seria o de alterar completamente o equilíbrio na competitividade do referido modelo econômico".