Primeira restauração de obras danificadas nos atos golpistas é concluída
Quadro Trigal na Serra, de Guido Mondin, estava empenado, molhado e tinha fragmentos de vidro
O laboratório de restauração do Senado terminou a recuperação de uma das 14 obras de arte danificadas nos atos golpistas de 8 de janeiro. A primeira tela recuperada é o Trigal na Serra, produzida, em 1967, pelo pintor brasileiro Guido Mondin. O quadro será recolocado na recepção da Presidência da Casa.
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O quadro havia sido encontrado no chão, separado da moldura, após a retomada do controle do Congresso Nacional pelas forças de segurança. A obra estava encharcada de água e tinha sofrido arranhões provocados por estilhaços de vidro.
Os restauradores retiraram fungos provocados pela umidade e fragmentos de vidro. Uma prensa foi utilizada para planificar a tela, que também estava empenada.
Prejuízos
De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), até o momento, os prejuízos causados pela depredação às instalações do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) chegaram a R$ 18,5 milhões. O valor está sendo cobrado na Justiça para garantir o ressarcimento aos cofres públicos.
Os atos de vandalismo foram realizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, inconformados com o resultado da eleição. Após acamparem em vários quartéis generais do País, eles invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
Artista e parlamentar
Guido Mondin produziu cerca de 4 mil telas, que estão expostas no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa. Além de pintor, ele atuou como deputado federal e ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Mondin morreu, em 2000, aos 88 anos.
Com informações da Agência Brasil
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