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Mandetta será alvo da oposição e do governo para início da CPI

Aliados e adversários do Planalto -por motivos opostos- querem convocação. Ex-ministro já espera ser chamado

Mandetta será alvo da oposição e do governo para início da CPI
Plenário virtual do Senado Federal
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Senadores da oposição e da base aliada do governo miram, por motivos antagônicos, no ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) para iniciar a lista de convocações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, oficializada na 3ª feira (13.abr). Além de investigar a conduta do Executivo no combate à pandemia, o colegiado incluiu ainda o pente fino de repasses federais a estados e municípios durante a crise.
 

Na avaliação dos governistas, a estratégia ganha força por Mandetta ser um ex-aliado do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e um possível adversário nas eleições de 2022. O Palácio do Planalto ainda ganharia tempo para tentar evitar que o colegiado avançasse na investigação contra Eduardo Pazuello, que deixou a pasta em março, após o colapso no Amazonas e durante a segunda onda da doença no país.
Nesta 4ª feira (14.abr), Bolsonaro falou a apoiadores que a CPI servirá de "palanque político" e criticou a política de isolamento defendida por Mandetta, ainda em 2020, que achataria a curva no número de infectados. "Estamos há um ano achatando essa curva. Mandamos recursos, foram aproximadamente R$ 700 bilhões de reais. (...) Aí querem me investigar? Cria-se um ambiente de animosidade, é uma interferência sim desse ministro pra me atingir", completou. 
Ficarão responsáveis pela coordenação de estratégias entre o Executivo e o Legislativo na CPI os líderes do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), e no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO). Mas, nos bastidores, bolsonaristas alegam que tentarão recuperar processos ainda de 2020, durante a gestão de Mandetta, no Tribunal de Contas da União (TCU) para compras de materiais hospitalares e uma central de telemedicina. 
Além disso, técnicos do órgão chegaram a reclamar em um dos acórdãos sobre a dificuldade de obter informações iniciais sobre o processo de licitação. Mandetta deixou o ministério após defender medidas de restrição, como o isolamento social, e criticar o tratamento precoce com o uso da hidroxicloroquina, defendida por Bolsonaro, mas sem comprovação científica sobre a eficácia do medicamento. 
Para reforçar o alvo, a oposição trabalha para que, além de Mandetta, outros ex-ministros também sejam convocados: Pazuello e o médico Nelson Teich, segundo a ocupar a pasta. Parlamentares querem também ouvir o atual ministro, Marcelo Queiroga, para esclarecer o atraso na compra de vacinas e as ações no enfrentamento ao coronavírus.
A interlocutores, Mandetta disse acreditar que será inevitavelmente chamado para depor na CPI da Covid. O ex-ministro tem citado uma frase atribuída ao ex-presidente da Câmara Ulysses Guimarães (1916-1992): "Sabe-se como começa uma comissão parlamentar de inquérito, nunca se sabe como termina".
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