SP: Ferroviários em greve devem trabalhar com 100% do efetivo no pico, diz Justiça
Paralisação conjunta dos funcionários de trens, metrô e Sabesp está marcada para a próxima 3ª (3.out)
A Justiça do Trabalho de São Paulo determinou, por meio de uma liminar, que os trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) devem operar com 100% do efetivo em horários de pico e 80% nos demais períodos em caso de greve.
Os ferroviários anunciaram, para a próxima 3ª feira (3.out), uma paralisação unificada com metroviários e trabalhadores da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). A principal reivindicação dos trabalhadores é que os serviços de transporte e de saneamento básico do estado não sejam privatizados.
A decisão da juíza Raquel Gabbai de Oliveira, da Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), define que os horários de pico são de 4h às 10h e de 16h às 21h.
O percentual determinado de trabalhadores, de acordo com a juíza, deve se aplicar "a todos os serviços de operação de trens, notadamente maquinistas, pessoal de estações, segurança, manutenção e operação"
A juíza também proibiu, a pedido da CPTM, a liberação das catracas, que havia sido proposta pelos sindicatos dos ferroviários como uma opção para não prejudicar a população. Segundo a empresa, se as catracas ficassem livres, ou seja, sem a cobrança de tarifa, isso causaria "tumulto nas estações, elevando sobremaneira o risco de acidentes".
Em caso de descumprimento, a decisão determina o pagamento de multa diária no valor de R$ 500 mil.