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Amazônia concentra 90% da área queimada no Brasil no 1º bimestre, diz MapBiomas

Fogo consumiu 487 mil hectares da floresta nos dois primeiros meses de 2023

Amazônia concentra 90% da área queimada no Brasil no 1º bimestre, diz MapBiomas
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As queimadas consumiram 487 mil hectares da Amazônia no primeiro bimestre de 2023, o que corresponde a 90% da área total consumida pelo fogo no país no período, segundo dados do Monitor do Fogo divulgados nesta 2ª feira (13.mar) pelo MapBiomas.

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Em comparação com o mesmo bimestre no ano passado, a área total queimada no território brasileiro é 28% menor. A maior parte dela (84%) foi em vegetação nativa, a maioria em formações campestres. "Dentre os tipos de uso agropecuário, as pastagens se destacaram, representando 12% da área queimada", complementa o MapBiomas.

Ainda de acordo com o comunicado, Roraima respondeu por 48% do que foi queimado em todo o Brasil no primeiro bimestre, com 259 mil hectares. "Ficam em Roraima os três municípios (Pacaraima, Normandia e Amajari), bem como os três os territórios indígenas (TI São Marcos, TI Raposa Serra do Sol e TI Araçá) que mais queimaram em janeiro e fevereiro. Mato Grosso e Pará são os outros dois estados com maior área queimada no bimestre, com 90 mil hectares e 71 mil hectares, respectivamente. Juntos, esses três estados representaram 79% do total da área queimada no Brasil nos dois primeiros meses de 2023", diz o comunicado.

Nas palavras de Felipe Martenexenn, pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e responsável pelo mapeamento da Amazônia, "esse padrão de área queimada em Roraima pode estar relacionado a características climáticas e ambientais únicas do estado. Ele está localizado no Hemisfério Norte, enquanto a maior parte dos demais estados se localiza no Hemisfério Sul. Desta forma, enquanto o período de seca em boa parte do país ocorre entre os meses de maio a setembro, em Roraima os meses de seca ocorrem entre dezembro e abril".

O Cerrado foi o segundo bioma que mais queimou no primeiro bimestre, com 12 mil hectares em janeiro e 12 mil em fevereiro. "Esse número é 64% maior na comparação com o mesmo período de 2022. Os estados que mais queimaram no Cerrado foram Mato Grosso e Maranhão. Cerca de um terço (32%) da área queimada no bioma nos dois primeiros meses de 2023 foi em formação savânica (7 mil hectares)", pontua o comunicado.

Na Mata Atlântica, o fogo consumiu 4.600 hectares, a maior parte concentrada em áreas agrícolas. No Pantanal, 8.800 hectares, a maioria concentrada em formações campestres. Na Caatinga, 6.700, e no Pampa, 4 mil.

Em fevereiro de 2023, foram queimados 249 mil hectares no país, 16% menos que no mesmo período de 2022. "A maior parte (87%) da área queimada foi em vegetação nativa, principalmente formações campestres, que responderam por mais da metade (56%) da área queimada no mês passado. Dentro os tipos de uso agropecuário, as pastagens se destacaram, representando 9% da área queimada em fevereiro de 2023", explica o MapBiomas

No segundo mês do ano, a Amazônia também concentrou 90% da área consumida pelo fogo no Brasil, com 230 mil hectares. Conforme o Map, "mais da metade (59%) da área queimada nesse bioma foi em formação campestre. Entre os diversos usos da terra, o que respondeu pela maior área queimada foi a pastagem (8%, ou 15 mil hectares)".

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