Saída do União Brasil da 3ª via enfraquece grupo antipolarização
Decisão sobre a permanência do partido ocorrerá essa semana. Criação do bloco é fundamental devido o apoio político e financeiro
A consolidação de uma candidatura única da chamada terceira via terá uma semana decisiva. Está prevista para a próxima quarta-feira (4.mai) uma reunião no União Brasil, que definirá se a legenda dará continuidade às conversas com o PSDB, MDB e Cidadania para a construção de uma aliança rumo ao Palácio do Planalto. A eventual saída do partido enfraquece o grupo antipolarização, tanto política quanto financeiramente.
Criado a partir da fusão do DEM com o PSL ? sigla pela qual Jair Bolsonaro foi eleito presidente nas eleições de 2018 ?, o União Brasil tem como pré-candidato o deputado federal Luciano Bivar e conta com R$ 781 milhões do fundo eleitoral. No tucanato, o postulante escolhido é o ex-governador de São Paulo João Dória e, pelo MDB, quem concorreria seria a senadora Simone Tebet (MS). Ao lado do Cidadania, que não apresentou nome próprio para a disputa ao Planalto, os três partidos contabilizam R$ 767 milhões em recursos do fundo eleitoral.
Além da considerável perda de recursos, caso o União Brasil desembarque do bloco que pretende lançar uma candidatura única à presidência, fragmenta ainda mais o cenário dos partidos de centro, fortalecendo a polarização entre Lula e Bolsonaro.
Um dos fatores que podem levar o União a deixar o grupo, seria a falta e crescimento dos pré-candidatos nas pesquisas eleitorais. No último estudo da PoderData (24 a 26 de abril), Doria aparece com 3% das intenções de voto. Tebet e Bivar tem 1%, cada. A falta de um nome forte para o pleito, somada a possível indicação de Bivar para vice, teriam motivado a cúpula do partido a deixar a aliança, utilizando os recursos do fundo eleitoral e o tempo de TV para fortalecer a imagem da legenda.
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