Alexandre Frota vai à polícia por ameaças após denunciar festas ilegais
Deputado registrou intimidação na Polícia Civil e no Ministério Público de São Paulo
O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) protocolou, nesta segunda-feira (31.mai), a denúncia de ameaça de morte, no Ministério Público do Estado de São Paulo, pelas mensagens intimidadoras que recebeu no último fim de semana.
Segundo o deputado, os autores da coação utilizaram os grupos WhatsApp ? onde também organizam os eventos clandestinos ?, para intimidar as investigações da força-tarefa, criada no gabinete de Frota, a fim de conter os encontros ilegais.
"Sempre existiram ameaças, os chefes das casas de festas não gostam do nosso esforço para conter os eventos. Mas são ilegais, nosso trabalho é de conscientização e é aplaudido pela sociedade, nós vamos continuar", afirma Frota ao SBT News. O deputado também formalizou um boletim de ocorrência da Polícia Civil e levará o caso à Polícia Federal.
"Ninguém é contra as festas, somos contrários a realização deste eventos neste momento: com hospitais lotados e número crescente de infecções no Brasil. Perdi pessoas queridas para essa doença, é a mesma situação de muitos outros brasileiros", concluiu o deputado.
Em mensagens trocadas com os organizadores criminosos, os promotores descrevem o monitoramento da ação parlamentar: "Frota já até postou. Fdp", responde um deles ao ser questionado sobre o sigilo de um evento. "Pqp mano. Força tarefa ainda", afirma um terceiro.
Mais adiante, um promoter afirma: "Vamos fazer uma vaquinha e mandar subir esse fdp. 1k de cada que está aqui. Sobe fácil esse fdp". "Único jeito", concorda outro. Segundo Frota, a pessoa identificada como "Anderson Camarote", que sugere a vaquinha, é o pai do MC Gui.
A conversa se refere ao flagrante, na madrugada de sexta-feira (28.mai), de uma festa clandestina em que estavam o zagueiro Robert Arboleda, do São Paulo, e o atacante David Neres, do Ajax, da Holanda, na zona leste da capital paulista.