Inteligência Artificial tem até ministério nos Emirados Árabes
O sheik Omar Sultan Al Olama participou do 2º dia do Global Media Congress 2023; painéis discutem cooperação de tecnologia com empresas de mídia
Abu Dhabi -- Enquanto vários países restringem ou ainda estão pouco preocupados com leis relacionadas a Inteligências Artificiais (IA), os Emirados Árabes possuem um ministério focado no assunto. O ministro sheik Omar Sultan Al Olama participou do 2º dia do Global Media Congress 2023 nesta 4ª (15.nov), evento que reúne jornalistas e especialistas em mídia do mundo todo.
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Em sua fala sobre Inteligências Artificiais, o sheik Omar Sultan Al Olama fez questão de pontuar como redes sociais fazem uso da tecnologia para manter os usuários conectados em suas plataformas. Para mostrar a força que essa tecnologia possui, o ministro a comparou com a chegada da eletricidade em nossas vidas.
"Pense nos últimos 150 anos. Há 150 anos, se você perguntasse a qualquer jornalista daquela época se a eletricidade impactaria o jornalismo, a resposta seria um absolutamente não. Eletricidade revolucionou completamente", argumentou.
O ministro ainda ponderou que IAs são facilitadores, principalmente para jornalistas, e que quem não souber utilizar poderá ficar de fora do mercado de trabalho muito em breve.
"Se você for ao dicionário, nenhum irá te mostrar a diferença entre acabado e completo. Mas eu vou explicar: se você é da mídia e sabe o poder da Inteligência Artificial para o seu trabalho, você será completo. Se não souber, você estará acabado", alertou.
Não há consenso
Apesar da fala do sheik Omar, um outro workshop mostrou os avanços dos chatbots, mas duvidou dessa cooperação entre jornalistas e esses serviços. Em entrevista ao SBT News, o chefe de projetos criativos para a filial árabe da agência de notícias russa RT, Talal Ashi, disse não acreditar que essa parceria aconteça tão facilmente.
O jornalista da RT ainda alertou que os chefes de estado devem se pronunciar sobre o avanço dessa ferramenta para que a sociedade tenha mais vontade e se sinta incentivada a usá-la.
"Se os países não focarem nessa parte da tecnologia, as pessoas não se sentirão incentivadas a usarem. Elas terão um grande problema no futuro. Os Emirados tem feito um bom trabalho"
Questionado sobre como essa tecnologia irá funcionar nos próximos anos, a resposta é surpreendente. "IAs nos próximos 10 anos serão como parte do nosso DNA. Não fisicamente, mas na nossa forma de trabalhar, em nossas casas. Você vai encontrar Inteligências Artificiais em todos os lugares", avaliou.
Confira o resumo do 2º dia do evento:
