Equipe de ética de inteligência artificial da Microsoft foi demitida
Com o fim do time, políticas de IA não serão fiscalizadas de forma adequada
A Microsoft demitiu toda a equipe de ética responsável pela divisão de inteligência artificial. A equipe de ética e sociedade chegou a ser formada por 30 funcionários e o departamento é encerrado com sete pessoas.
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Eles eram responsáveis por fiscalizar as políticas da Microsoft em relação à inteligência artificial. O fim da equipe integra os cortes realizados pela Microsoft, que foi anunciado em janeiro. A empresa espera concluir os cortes dos postos de trabalho até o final deste mês.
No entanto, a dona do Bing garante que mantém mais recursos disponíveis para investir em inteligência artificial. Apesar do fim do departamento na Microsoft, a empresa contará com o Escritório de IA responsável (ORA), que vai continuar criticando as diretrizes sobre inteligência artificial.
Segundo o site especializado Platformer, o diretor de tecnologia da Microsoft, Kevin Scott, e o CEO, Satya Nadella, fizeram pressão para que os modelos de inteligência artificial da OpenAI sejam adotados rapidamente, para que fossem oferecidos aos consumidores. O lançamento do Bing Chat é o resultado dessa celeridade.
Com o GPT-4, a Microsoft acredita que a tecnologia nova já foi testada de forma suficiente e passou pela análise de uma equipe de ética em inteligência artificial.
Segundo o site Platformer, a reportagem teve acesso a um áudio de uma reunião em que um funcionário discutiu com John Montgomery, vice-presidente de IA da Microsoft, pedindo que recuasse na ideia de exinguir o setor.
O ex-empregado disse que o papel da empresa a equipe garantiria que a IA não trouxesse riscos à sociedade e evitava que a tecnologia causasse impactos negativos, como, por exemplo, a distribuição de notícias falsas, que podem ser feitas pelo Bing Chat e ChatGPT, que extraem os dados da internet.