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Abin usou programa para monitorar cidadãos no governo Bolsonaro, diz jornal

Ferramenta espião israelense consegue apontar a localização do celular de até 10 mil pessoas

Abin usou programa para monitorar cidadãos no governo Bolsonaro, diz jornal
Sistema poderia ser operado sem controle, não era possível identificar acessos indevidos. FirstMile foi usado até 2021, durante governo Bolsonaro | EBC
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Durante os três primeiros anos do governo Jair Bolsonaro, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) utilizou um programa secreto para monitorar a localização de pessoas por meio de celulares e smartphones. As informações foram reveladas pelo O Globo na manhã desta 3ª feira (14.mar).

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A reportagem relata que foi utilizado uma ferramenta israelense chamada FirstMile, que é capaz de monitorar até 10 mil celulares simultâneos durante 1 ano.

Apenas com o número do celular fornecido ao software, a ferramenta já mostra a localização aproximada dos dispositivos que utilizam redes 2G, 3G e 4G.

Os dados eram extraídos por meio de transferências de informações entre os aparelhos e torres de comunicação. A ferramenta permite o acesso ao histórico de movimentação e a criação de um alerta em tempo real dos deslocamentos do cidadão monitorado.

Um funcionário da Abin relatou a publicação que o programa foi utilizado durante o governo Bolsonaro até 2021. Este funcionário, que não quis ser identificado, também disse que a ferramenta era utilizada em casos de 'segurança de Estado', descumprindo a lei que garante o direito a privacidade.

A ferramenta foi comprada em 2018, durante o governo de Michel Temer, por R$ 5,7 milhões, com dispensa de licitação.

O uso da FirstMile foi questionada internamente na Abin e tornou-se alvo de investigações internas, pois a ferramenta poderia ser usada 'sem controle' e não era possível identificar acessos indevidos. 

O sistema estava sob operação com a justificativa de existir um "limbo legal", pois o acesso aos metadados do celular não é proibido na lei brasileira.

O Globo tentou contato com Alexandre Ramagem, que foi ex-chefe da Abin, e eleito deputado federal com apoio de Bolsonaro e ele não detalhou o uso da FirstMile.

O SBT News entrou em contato com a assessoria de comunicação da Abin que enviou nota alegando que a agência não usa mais a ferramenta e que está em processo de revisão das normas internas. Leia a íntegra da nota:

A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) informa que o contrato 567/2018, de caráter sigiloso, teve início em 26 de dezembro de 2018 e foi encerrado em 8 de maio de 2021. A solução tecnológica em questão não está mais em uso na ABIN desde então.

Atualmente, a Agência está em processo de aperfeiçoamento e revisão de seus normativos internos, em consonância com o interesse público e o compromisso com o Estado Democrático de Direito.

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