Empresa de delivery lança moto elétrica de R$ 10 mil para entregadores

Modelo é menos poluente e acessível para parceiros e terá serviço de troca de baterias em postos de combustiveis de SP

Cido Coelho

02/06/2022 às 12h34 • Atualizado em 31/10/2023

A empresa de serviço de delivery por aplicativo iFood em parceria com uma startup disponibilizaou para os entregadores do país um modelo de moto elétrica, que é menos poluente e com preço acessível. Custando cerca de R$ 10 mil, o veículo foi desenvolvido com uma startup e contará com 100 estações de recarga de bateria em postos de combustíveis de São Paulo.

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"Nossa iniciativa tem como base pensar em vantagens para o entregador e ao meio ambiente. É de extrema importância que as empresas com propósitos comuns, promovam a sustentabilidade nos negócios e no ecossistema. Esse tipo de união, de fato, viabiliza as mudanças necessárias para uma sociedade melhor" ressalta André Borges, head de sustentabilidade do serviço de entregas.

Com a promessa de ser menos poluente e mais econômica, a moto elétrica, modelo EVS Work iFood, foi desenvolvido em conjunto com a Voltz, que viabilizou os testes com um modelo considerado pioneiro na combinação do veículo elétrico e com as estações de troca de bateria combinados. Estas estações estarão disponibilizadas em postos de combustíveis da bandeira Ipiranga em toda a cidade paulistana.

Apenas os parceiros da empresa de aplicativo, neste caso, os entregadores, terão acesso para adquirir o modelo, que custará R$ 9.990,90. O banco BV criou condições de financiamento para adquirir e assinar o sistema de troca de baterias, além de financiar a expansão do projeto.

A instituição financeira oferece uma linha de financiamento, mediante aprovação de crédito e usuário, para a compra da moto elétrica e oferece um subsídio de R$ 2 mil para as primeiras 300 motos que forem financiadas.

"Fomos pioneiros entre os bancos brasileiros a compensar 100% da emissão de CO2 e da nossa frota financiada e agora, com essa importante parceria com o iFood, queremos viabilizar essa alternativa para os entregadores, que traz uma grande contribuição para o meio ambiente e mais tranquilidade para suas vidas financeiras. Esse é um belo exemplo de inovação sustentável, algo que o BV trará cada vez mais ao mercado de veículos", afirma Flávio Suchek, diretor executivo de Varejo do banco BV.

Sistema de troca de baterias

Motos elétricas prometem autonomia de até 180 km por bateria | Divulgação

Para facilitar a viabilidade do projeto, as motos elétricas podem funcionar com o sistema de trocas de baterias, disponíveis em postos Ipiranga da cidade de São Paulo.

O projeto está em implantação de forma piloto, em primeira fase, na qual serão instaladas 100 estações de troca rápida de baterias em diversos bairros paulistanos. O entregador não tem a posse da bateria, ele usa como uma forma de serviço empréstimo (Bateria as a Service), quando adquire o equipamento em uma estação de troca rápida.

Serão disponibilizados planos de assinatura que variam de R$ 129,00 por mês para quem roda até 2 mil km a R$ 319,00 para quilometragem e trocas ilimitadas. Até o momento 19 postos de combustíveis Ipiranga têm 33 estações de troca disponíveis.

"Esse é apenas o início de uma mudança efetiva no segmento de delivery. São mais de 200 mil entregadores ativos pela nossa plataforma, essa é uma oportunidade de ter acesso a uma moto elétrica com menor custo, mais econômica, gerando um impacto efetivo na redução de emissão de carbono no meio ambiente", destaca Claudia Storch, diretora de logística do iFood.

Veículo oferece custo baixo e sustentabilidade

Nos testes realizados, foi constatado que a moto elétrica gerou uma economia de mais de 60% para o entregador apenas em gastos em combustível. Se o entregador roda 3.000 km por mês com combustivel convencional, ele tem custo mensal em torno de R$ 610 (considerando o litro da gasolina a R$ 7,10).

Em relação a manutenção da moto elétrica, o valor de gastos cai em média até 70%.

A autonomia da moto com duas baterias é de 100 até 180 quilômetros e o veículo terá disponvíel um carregador de bateria que pode ser usado em qualquer tomada. Com essa iniciativa, a empresa visa reduzir a emissão de carbono nas operações.

"Nossa meta é fazer com que 50% das entregas do iFood sejam realizadas por veículos que não utilizam combustíveis fósseis, até 2025. É um ganho para o entregador, para o meio ambiente e toda a sociedade", afirma André.