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Agronegócio reage à questão do Enem que criticou setor

Parlamentares cobram pronunciamento do governo federal sobre

Agronegócio reage à questão do Enem que criticou setor
Prova criticou lógica do agronegócio no cerrado
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A prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicada domingo (5.nov), gerou insatisfação de representantes do agronegócio ao tratar de maneira crítica a "lógica do setor". A pergunta de número 89 do caderno com capa branca trouxe a seguinte sentença:

"No Cerrado, o conhecimento local está sendo cada vez mais subordinado à lógica do agronegócio. De um lado, o capital impõe os conhecimentos biotecnológicos, como mecanismo de universalização de práticas agrícolas e de novas tecnologias, e de outro, o modelo capitalista subordina homens e mulheres à lógica do mercado. Assim, as águas, as sementes, os minerais, as terras (bens comuns) tornam-se propriedade privada. Além disso, há outros fatores negativos, como a mecanização pesada, a 'pragatização' dos seres humanos e não' humanos, a violência simbólica, a superexploração, as chuvas de veneno e a violência contra a pessoa." A resposta correta, segundo gabaritos extraoficiais, seria que há um "cerco aos camponeses, inviabilizando a manutenção das condições para a vida".

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion, cobrou um posicionamento do governo. "Inaceitável. O que vimos na prova do ENEM neste domingo é gravíssimo. Aguardo manifestação urgente do governo federal, em especial do ministro da Educação, Camilo Santana, sobre a falta de honestidade intelectual e ativismo ideológico. Fazer isso em uma avaliação que é porta de entrada das universidades brasileiras? Não aceitaremos este desserviço ao Brasil, às escolas e aos alunos deste país", publicou Lupion nas redes sociais.

Em entrevista ao SBT Agro, o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, Tião Medeiros (PP-PR), também criticou a prova e afirmou que vai cobrar uma resposta do Ministério da Educação (MEC). "Enquanto nós batalhamos diariamente para construir uma imagem positiva do agronegócio, como pilar da economia brasileira, formador de mão de obra, gerador de riqueza, renda e desenvolvimento, vem o ENEM e comete um grave desserviço. Como parlamentar, tomarei as medidas judiciais cabíveis. Encaminharei um requerimento de informação ao Ministério da Educação, exigindo explicações sobre os critérios usados pelo ministério que permitiram que estas questões fossem levadas aos candidatos", antecipou.

Fora da esfera política, outros representantes do agro reprovaram a postura do MEC. Para o doutor em educação e escritor José Luiz Tejon, a questão é ultrapassada. "Uma visão dos anos 50, na melhor das hipóteses anos 60. Não tem nenhuma validade econômica, social ou de luta humana contra a desigualdade. As cooperativas representam exatamente a solução para responder pela prosperidade humana libertadora. Essa questão está fora de época! Não merece resposta. Deseducadora e rouba o foco do que nos educa para o futuro", disse em entrevista ao SBT Agro.

A reportagem procurou o MEC, que ainda não se pronunciou sobre o assunto.

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