Procuradores já tem lista com nomes para PGR que será entregue a Lula
Conheça as opiniões dos três candidatos que foram sabatinados pelo SBT News
O mandato do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, termina em setembro. Três candidatos ao cargo vão compor uma lista que será entregue, como sugestão, ao presidente Lula, que vai escolher o novo chefe do Ministério Público Federal.
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No próximo dia 21 de junho, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), vai promover uma eleição em que os membros do Ministério Público Federal poderão escolher entre os três sub-procuradores que se candidataram. O mais votado vai encabeçar a lista tríplice. Estão na disputa José Adounis Callou de Araújo Sá, Luiza Cristina Fonseca Frischeisen e Mauro Luiz Bonsaglia. Os três foram sabatinados pelo SBT News e falaram sobre suas prioridades caso sejam nomeados ao cargo de Procurador-Geral da República.
José Callou destacou o papel da PGR na defesa da democracia. "O meu compromisso, é uma atuação equilibrada, responsável, que compreenda o papel do Ministério Público Federal, do Procurador-Geral da República num cenário institucional como defensor da democracia e como defensor do papel de cada instituição, do papel do equilíbrio institucional", disse ele.
Luiza Cristina Fonseca Frischeisen é a única mulher na disputa. "Eu me coloco à disposição porque eu acho que é importante ter uma mulher nessa disputa. Eu tenho uma visão muito transversal, então eu compreendo a violação do bem jurídico e como ele vai ser protegido pelo Direito Criminal ou pela área da tutela coletiva. Depende da melhor solução para o caso", afirma.
Mauro Bonsaglia ressaltou que uma das atribuições do próximo PGR será levar à frente os processos sobre a tentativa de golpe de oito de janeiro. " Se eu for escolhido PGR, e aprovado pelo Senado Federal, atuarei nesses casos com toda a firmeza que se faz necessário, para que acontecimentos dessa natureza nunca mais se repitam. E nós temos que processar não apenas essas milhares de pessoas que estiveram à frente, invadindo os palácios do Governo, mas também os instigadores, os organizadores, aqueles que deram causa a isso", analisa.
De Lula, em 2003, até Michel Temer, em 2016, todos os presidentes da República escolheram para o cargo de PGR um dos três nomes presentes na lista tríplice. Mas não se trata de uma obrigação legal, apenas uma tradição, que foi rompida por Jair Bolsonaro. Lula já deu sinais de que também pretende ignorar a lista e escolher um nome que não seja o preferido da corporação, mas sim alguém de sua confiança.
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