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Feriado marca o retorno dos turistas a São Sebastião

Cidade foi a mais atingida na tragédia que matou 65 pessoa há um mês e meio

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Um mês e meio após a tragédia que matou 65 pessoas no litoral paulista, moradores ainda esperam a ajuda do poder público e tentam voltar à vida normal. O feriado da Semana Santa marca o retorno dos turistas a São Sebastião, cidade mais atingida.

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As praias não ficaram tão cheias, mas os turistas aproveitaram pra curtir a orla, a paisagem, caminhar e tirar fotos nos pontos mais visitados.

A orientação das autoridades é de que os turistas evitem ficar em casas próximas às encostas. Um alerta emitido pela Defesa Civil de São Sebastião informa que no fim de semana pode chover até 110 milímetros na região. São esperadas rajadas de vento de até 50 km/h.

Na Vila do Sahy, o local mais atingido pela tragédia de fevereiro, a vida começa a voltar ao normal. Muitos moradores foram embora, alguns ainda estão em casas de parentes ou amigos. Quem permaneceu em áreas de risco, tenta reconstruir o que restou da moradia, mas a volta da chuva preocupa e traz o medo de novos deslizamentos.

A casa da dona Miriam estava no caminho do deslizamento em fevereiro. As paredes ainda estão quebradas, e por causa disso ela não voltou, está morando um pouco mais acima, na encosta. "Voltar ainda não nenhuma previsão, porque estou esperando que a Defesa Civil me dê o meu laudo. Na hora que me dar o laudo, já fecho aqui e caio para dentro", afirma.  

O trabalho de realocação das famílias que perderam as casas em fevereiro enfrenta problemas. Há denúncias de que ONGs que receberam doações em dinheiro não estão repassando a verba para assistência e, por conta disso, 23 instituições foram notificadas.

No terreno desapropriado em Barra do Sahy para construção de moradias, as obras ainda não começaram, e o contrato entre a prefeitura e pousadas, que estavam recebendo os desabrigados, venceu. Muitos tiveram que voltar pras suas casas, mesmo com o aviso de interdição. Outros foram levados para um conjunto habitacional na cidade vizinha de m Bertioga, com 300 vagas.

"Algumas pessoas que estavam nas pousadas já poderiam voltar porque as casas estão num setor de monitoramento, área menos perigosa, e estão voltando. As com as casas interditadas pela Defesa Civil estão sendo transferidas para Bertioga", afirma Mirela Rego, secretária de Habitação e Regularização Fundiária de São Sebastião.

Pra quem mora e tem comércio na Vila do Sahy, como dona Marlene, a única certeza é que a reconstrução só virá do próprio esforço: "a gente tirou de lição de vida de tudo que vivemos que precisamos ser mais empáticos, mais realista e talvez até esperar menos de outras fontes de órgãos públicos, e acreditar mais em si, no seu esforço".

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