Haddad afirma que é possível zerar o déficit das contas públicas em dois anos
Ministro da Fazenda representa o Brasil no Fórum Econômico Mundial ao lado de Marina Silva
No Fórum Econômico Mundial, na Suíça, a ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, cobrou repasses de verba de países ricos para proteção ambiental.
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Também em Davos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou em equilibrar as contas do governo e reforçou a necessidade de reforma tributária.
Fernando Haddad participou de um dos painéis desta terça, ao lado de Marina Silva. O ministro da Fazenda disse que é possível zerar o déficit das contas públicas em dois anos, reforçou que busca aprovar a reforma tributária sobre consumo ainda no primeiro semestre e prometeu, até o fim do ano, uma reforma do imposto de renda pra fazer com que quem ganhe mais pague mais.
"Aí nós vamos conseguir equilibrar as contas a partir do ano que vem e isso tem que vir acompanhado de uma série de medidas do plano regulatório, do crédito, da reindustrialização voltada pra transição ecológica", disse Haddad.
A principal missão da dupla Fernando Haddad e Marina Silva na Suíça foi apresentar uma imagem de estabilidade política e econômica e reforçar o compromisso do Brasil com a proteção da Amazônia e com as políticas de combate à crise climática. Eles estão entre os ministros com mais visibilidade no exterior no início de uma era em que o Brasil terá um imenso destaque na comunidade internacional.
No ano que vem, o Brasil vai presidir o encontro dos Brics e, pela primeira vez do G20, o fórum político e econômico mais importante do planeta.
Ainda este ano, o Brasil terá a presidência rotativa do Mercosul e em 2025, Belém poderá ser a sede da cada vez mais importante Conferência do Clima.
É uma oportunidade única, segundo a ministra Marina Silva -- que destacou o compromisso de desmatamento zero no Brasil até 2030 e cobrou dos países ricos o repasse de verba de 100 bilhões de dólares para a proteção ambiental.
"Ter uma COP do clima na Amazônia é uma demonstração em primeiro lugar do nosso compromisso, do nosso continente, do nosso país, com a proteção desse bioma tão importante para o mundo, mas particularmente pra dizer que a responsabilidade de preservá-la não é só nossa", disse Marina.