Inflação e juros frearam crescimento do comércio em 2022
Vendas do varejo fecharam o ano com alta de menos de 1%
As vendas do varejo fecharam 2022 com uma alta de 0,9%, segundo dados divulgados nesta 6ª feira (13.jan) pela Serasa Experian. O crescimento desacelerou na comparação com 2021 e ainda está longe do patamar pré-pandemia. A inflação e os juros altos continuam sendo os maiores vilões.
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De acordo com o professor de economia da Fundação Getúlio Vargas, Alberto Ajzental, a inflação alta provocou dois efeitos: "as famílias perderam renda e continuam perdendo. porque a gente teve uma inflação alta e a gente continua tendo inflação, apesar de menor. Inflação alta faz com que os juros fiquem altos, então aquelas compras que dependem de financiamento sofrem mais ainda. Sofrem pela perda de renda e pelo aumento dos juros".
É o caso do segmento de veículos, motos e peças, que fechou o ano com a maior queda (-1,8%), seguido de combustíveis e lubrificantes (- 1,4%) e material de construção (-1,2%).
Na outra ponta, fecharam o ano em alta móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática (+ 3,7%), e tecidos, vestuário, calçados e acessórios (+11%).
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