Para economizar, grandes empresas aderem ao coworking
A pandemia nem terminou, mas já deixou heranças que vem mudando hábitos
Depois de dois anos de pandemia, a volta ao trabalho presencial tem sido diferente para muitos funcionários. É que, para economizar, as grandes empresas também estão aderindo à locação de salas compartilhadas, o chamado coworking.
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Para garantir uma estação de trabalho, celular na mão e aplicativo instalado. "É muito simples. Além da reserva, a gente consegue encontrar nossos colegas e escolher o espaço que tiver mais próximo no modelo de deslocamento que a gente tiver no dia", fala a gerente Carol Gravatal. É assim que ela agenda um lugar e horário no modelo híbrido de trabalho, adotado pela empresa dela. Durante a pandemia, muitos patrões se viram obrigados a deixar os funcionários em trabalho remoto, mas ainda tiveram que arcar com o aluguel, manutenção e outros custos do imóvel. Nesse novo modelo de coworking, viram vantagens de logística e financeiras.
Foi aí que surgiu, dentro desse tipo de contrato, uma nova modalidade em que o cliente pode, por exemplo, customizar os escritórios alugados com a marca da empresa e optar por ter toda a estrutura para que o local funcione normalmente.De acordo com Fernando Bottura, CEO e fundador da Gowork, se uma companhia buscar fazer escritório próprio, "ela vai gastar uma base de R$ 1,4 mil por mês, por colaborador". Ainda de acordo com Bottura, "eles estão pagando menos de R$ 800,00 por estação de trabalho, com todos os serviços inclusos".
Um antigo endereço da Qualicorp, no centro da capital paulista, teve o contrato de oito anos de locação desfeito, agora, e a empresa de saúde resolveu se instalar num novo imóvel, num contrato de coworking, e viu as contas reduzirem cerca de 40%. "A gente deixa de verdade de ter uma equipe maior, se preocupando com esse tipo de serviço, para terceirizar todo esse trabalho", afirma Suhaila Mourad, superintendente administrativa da Qualicorp. A pandemia nem terminou, mas já deixou heranças que vem mudando hábitos.
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