Polícia faz operação contra esquema de lavagem de dinheiro do PCC
Investigação aponta que os criminosos movimentaram ao menos R$ 1 bilhão
Uma operação da Polícia Civil de São Paulo desarticulou um esquema de lavagem de dinheiro da maior facção criminosa do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC). As investigações apontam que traficantes de drogas movimentaram pelo menos R$ 1 bilhão.
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Os policiais cumpriram 27 mandados de busca e apreensão nesta 3ª feira (05.abr), na Grande São Paulo, em Campinas e outras cidades do interior paulista, como Bariri, Taquarituba e Monções. "Nesse caso a origem de tudo se deu pelo tráfico de entorpecente", afirma o delegado Marco Antonio Bernardino.
O chefe do esquema, segundo a polícia, é Anderson Carlos Fanti, conhecido como "Mancha". Ele já foi condenado por tráfico de drogas. Uma gerente de banco, que trabalhava em uma agência na capital paulista, está sendo investigada e foi afastada.
Os homens do crime organizado abriram pelo menos 19 empresas fantasmas. A gerente do banco abriu outras empresas, do tipo fintech - que prestam serviços financeiros digitais e emitem boletos. Usando o dinheiro da venda de drogas, as empresas fantasmas pagavam centenas de boletos emitidos pelas fintechs, sempre na boca do caixa da agência comandada pela gerente. O dinheiro, então, ia sendo repassado dezenas de vezes entre essas empresas para ser usado, lá na frente, na compra de bens.
O destino final do dinheiro sujo é o que a polícia ainda não descobriu, o que é muito importante para que a Justiça possa bloquear os bens comprados pelos criminosos, como imóveis, lojas de veículos, postos de combustíveis e outros negócios.
Parte do dinheiro foi usada na compra de carros de luxo. Um foi apreendido na casa de Anderson, outros 14, que juntos valem R$ 5 milhões, são procurados e foram bloqueados. Apesar de não faltar dinheiro pra quadrilha, os veículos são todos financiados.
"Eles já fazem os financiamentos para dificultar o trabalho da polícia e da Justiça em buscar esse bens que estão com eles", afirma o delegado.
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