Especialistas defendem fim da tarifa extra na conta de luz
Apesar das chuvas terem estabilizado o nível dos reservatórios, governo manterá cobrança adicional até abril
Com o aumento das chuvas, nos últimos meses, o nível de água nos reservatórios subiu em quatro das cinco regiões brasileiras. Somente os estados do Sul permanecem com volumes mais baixos, devido à estiagem que ainda afeta essa parte do país.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Diante deste cenário, especialistas acreditam que essa estabilidade já seria suficiente para o fim da cobrança da Bandeira de Escassez Hídrica, que prevê um acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos, na conta de luz. "Acredito que já estaria colocando uma bandeirinha verde nessa possibilidade de redução", diz o especialista em Recursos Hídricos, Antônio Carlos Zuffo.
Contudo, a redução ainda está nos planos do Governo. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, a cobrança extra deverá continuar em vigor pelo menos até o próximo dia 25 de março, quando está prevista uma nova revisão na tarifa. O valor adicional nas contas de luz foi implementado para compensar o aumento dos custos com o acionamento das usinas termelétricas para manter o fornecimento de energia, durante o período de baixa nos reservatórios.
As regiões Norte (97%) e Nordeste (82%) têm os maiores níveis de armazenamento do país, enquanto a Sudeste e a Centro-Oeste voltaram ao patamar de 6 anos atrás, com 58%. Com 27%, a situação no Sul do país é a mais preocupante.
Segundo o especialista em Recursos Hídricos, o Brasil tem um desafio a superar para manter a geração de energia estável durante o ano todo. "A falta de reservatórios de regularização tem comprometido essa perenização da produção de energia durante o período seco, então esse que é o grande problema brasileiro", explica Zuffo.
Leia também:
+ Endividamento das famílias em fevereiro é o maior em 12 anos no Brasil
