Economia de Capitólio (MG) sofre impacto dos cancelamentos de viagens
No total, 60% da economia do município depende do turismo
Enquanto o acidente que matou dez pessoas em Capitólio, no sul de Minas Gerais, não é esclarecido, a economia da cidade sofre o impacto dos cancelamentos de viagens e passeios.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Em pleno verão, uma loja deveria estar lotada, assim como o restaurante de uma pousada, mas não é o que se observa. Se o movimento é pequeno no comércio, imagina na água: nenhuma lancha. A família do marinheiro Reginaldo Agostinho Faria trabalha com passeios aquáticos, e ele esperava que 2022 pudesse amenizar os prejuízos causados pela pandemia. "Num final de semana comum, agora, na alta temporada, normalmente a gente faz de dois a três passeios por dia em cada barco", afirma. Ainda em suas palavras "agora tudo parado, fica essa incerteza: qual será o futuro?".
No total, 60% da economia de Capitólio depende do turismo, que também gera renda nas cidades vizinhas. O acidente que matou um grupo de dez pessoas fez muita gente desistir das viagens. Para você ter uma ideia, cerca de 5 mil pessoas frequentemente vão para a cidade só no final de semana. Um feriado, com calor, pode chegar a mais de 20 mil pessoas que entram e saem de lá.
Shannon Aramys é guia turístico e leva grupos para fazer trilhas e conhecer as cachoeiras. Todos os passeios da semana foram cancelados. "Tive que devolver aproximadamente, hoje, R$ 1,5 mil com os agendamentos", pontua. Os trabalhadores esperam que a análise técnica dos cânions -- anunciada pelo governador, Romeu Zema (Novo), no início da semana -- possa reaquecer o turismo. "Nós estamos aqui nos preparando e preparados para continuar fazendo turismo seguro com todos", disse o empresário Luis Carlos de Pádua.
Veja também: