Mulher acusa segurança de agressão e discriminação em Porto Alegre
Caso foi registrado na delegacia especializada, que já recebeu quase 500 queixas em um ano
Uma mulher acusa o segurança de uma loja de um shopping de Porto Alegre (RS) de discriminação racial.
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O episódio foi registrado por uma câmera de segurança da loja. A gravação mostra Lidiane dos Santos e a filha de 13 anos sendo abordadas pelo segurança. Ela explica que os chinelos foram comprados em outro estabelecimento e volta ao interior da loja para mostrar a nota fiscal ao gerente. Lidiane se recusou a abrir a bolsa.
"Aí nisso o segurança veio por trás e pegou pelo pescoço, entre a minha orelha e o pescoço, e puxando, gritando que era para chamar a polícia, que eu era ladra e que eu tava agredindo o gerente dele", relata Lidiane.
A consumidora e o segurança prestaram queixa por agressão na última 5ª feira (6.jan). Maurício da Costa afirmou que levou umas chineladas da cliente. Nesta 2ª feira (10.jan), Lidiane deciciu fazer outro boletim de ocorrência. Desta vez, na Delegacia Especializada em Crimes de Injúria Racial.
"Teria havido uma injúria qualificada, talvez ali uma ameaça e calúnia, porque em dois momentos eu verifico que teria havido de fato uma desconfiança que ela teria praticado o crime de furto", pontua a delegada Andrea Mattos.
A polícia aguarda as imagens das câmeras do shopping para verificar se o momento da agressão foi flagrado de outro ângulo. Em um ano de funcionamento, a Delegacia de Combate à Intolerância de Porto Alegre registrou quase 500 ocorrências. De cada dez, seis são referentes a casos de discriminação racial.
A delegacia foi inaugurada um mês depois da morte de João Alberto Freitas, espancado por seguranças no supermercado Carrefour.
