Quadrilha que destruiu parte da Mata Atlântica para vender lotes é presa
Criminosos desmataram cerca de 40 hectares de floresta e faturaram milhões
A polícia prendeu três integrantes de uma quadriha que destruiu parte da Mata Atlântica para vender lotes clandestinos, em São Paulo. Em menos de um ano, os criminosos destruíram 40 hectares de floresta e movimentaram quase R$ 160 milhões. Outros nove integrantes do grupo já foram identificados.
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Do alto, é possível ter uma ideia da dimensão do desmatamento, e foi o que serviu de alerta para a polícia, que há 10 meses investiga uma organização criminosa responsável pela venda irregular de terrenos no meio da Mata Atlântica.
"Primeiro retiram a vegetação, depois fazem a terraplanagem. Posteriormente dividem em lotes, fazem a estrutura de luz e água e passam a vender os lotes. Tudo isso maquiado como se fosse um empreendimento legal", afirma o delegado Jan Plzak.
A investigação aponta que, até agora, pelo menos 900 pessoas foram vítimas de estelionato, adquiriram os lotes e estão pagando as parcelas ao crime organizado. O número de vítimas pode ser bem maior. Só na cidade de São Paulo, são 250 inquéritos que envolvem o loteamento clandestino em áreas preservadas.