Rara, "doença da urina preta" não tem tratamento específico
Síndrome de Haff destrói fibras musculares, responsáveis por liberarem as toxinas no corpo. Contaminação se dá por peixes
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A "doença da urina preta" virou um dos assuntos mais comentados e ganhou as manchetes dos jornais nas últimas semanas após uma médica veterinária morrer ao ingerir um peixe contaminado da espécie arabaiana, conhecido como "olho de boi", durante um almoço em família. Os primeiros sintomas surgiram quase imediatamente.
Com o mal-estar, Priscyla Andrade, de 31 anos, procurou ajuda médica no Real Hospital Português, em Recife, município em Pernambuco, onde permaneceu internada desde o dia 18 de fevereiro em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e não resistiu.
A irmã da profissional da saúde, Flavia Andrade, de 36, também desenvolveu a enfermidade, foi internada no mesmo local, mas se recuperou e recebeu alta.
Rara e pouco conhecida, a Síndrome de Haff - nome oficial da patologia - pode levar à destruição das fibras musculares, pois a bactéria desenvolve-se rapidamente no organismo. Esse processo é conhecido como rabdomiólise: a urina fica escura por conta da morte das partículas e a substância é liberada para a corrente sanguínea, passando pelos rins, mudando a coloração.
De acordo com a Drª. Claudia Maruyama, Infectologista do Hospital San Gennaro, os principais sintomas são dor muscular intensa, fraqueza muscular, além de possíveis erupção cutânea, vômitos e dor abdominal intensa.
Claudia ainda afirma "não ser possível haver uma técnica para saber se o pescado está contaminado", pois a doença é transmitida por peixes, responsáveis por liberar as toxinas. Ainda não há um tratamento específico para a doença, sobretudo por ser rara.
Em 2020, segundo a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, houve 45 contágios notificados. 40 foram confirmados e dois estão em investigação. A mesma pasta da Saúde, mas de Pernambuco, afirmou que 5 casos foram confirmados neste ano. De acordo com o Ministério, somente esses estados tiveram notificações da doença.
Com o mal-estar, Priscyla Andrade, de 31 anos, procurou ajuda médica no Real Hospital Português, em Recife, município em Pernambuco, onde permaneceu internada desde o dia 18 de fevereiro em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e não resistiu.
A irmã da profissional da saúde, Flavia Andrade, de 36, também desenvolveu a enfermidade, foi internada no mesmo local, mas se recuperou e recebeu alta.
Rara e pouco conhecida, a Síndrome de Haff - nome oficial da patologia - pode levar à destruição das fibras musculares, pois a bactéria desenvolve-se rapidamente no organismo. Esse processo é conhecido como rabdomiólise: a urina fica escura por conta da morte das partículas e a substância é liberada para a corrente sanguínea, passando pelos rins, mudando a coloração.
De acordo com a Drª. Claudia Maruyama, Infectologista do Hospital San Gennaro, os principais sintomas são dor muscular intensa, fraqueza muscular, além de possíveis erupção cutânea, vômitos e dor abdominal intensa.
Claudia ainda afirma "não ser possível haver uma técnica para saber se o pescado está contaminado", pois a doença é transmitida por peixes, responsáveis por liberar as toxinas. Ainda não há um tratamento específico para a doença, sobretudo por ser rara.
Mais casos
Em nota, o Ministério da Saúde "informa que a doença não é de notificação compulsória e afirma monitorar os casos e os surtos da doença comunicados pelos estados".Em 2020, segundo a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, houve 45 contágios notificados. 40 foram confirmados e dois estão em investigação. A mesma pasta da Saúde, mas de Pernambuco, afirmou que 5 casos foram confirmados neste ano. De acordo com o Ministério, somente esses estados tiveram notificações da doença.
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