Tebet defende lei de igualdade salarial: "Vai doer no bolso"
Ministra também detalhou novo PAC em entrevista a rádios
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu, nesta 4ª (5.jun), a nova lei que garante igualdade salarial entre mulheres e homens. "Agora é lei. Vai doer no bolso", disse durante entrevista a rádios. Tebet também garantiu que o ministério do Trabalho está pronto para fiscalizar a aplicação da lei.
"Comecei a fazer política há 20 anos, naquela época em que a gente sofria violência política e nem podia dizer. A violência política contra a mulher era uma coisa que a gente sofria e não sabia. Aquela coisa do autoritarismo, os parlamentares de dedo em riste na nossa cara, com o seu físico, impondo uma certa conduta, numa ameaça velada", lembrou.
O texto da lei aumentou a multa em casos de discriminação para que corresponda a dez vezes o valor do novo salário devido pelo empregador ao empregado discriminado, e eleva ao dobro no caso de reincidência, sem prejuízo de outras medidas legais. A lei também obriga publicação semestral de relatórios de transparência salarial.
Novo PAC
Na entrevista, Tebet antecipou que o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vai contar com três frentes: investimentos públicos, privados e parcerias público-privadas (PPP).
"O Brasil não tem dinheiro para resolver todos os seus problemas sozinho, até porque, viemos de uma pandemia, o Brasil saiu empobrecido, voltamos para o mapa da fome", disse.
Ela ressaltou a importância da aprovação das novas regras fiscais para garantir recursos. "Estamos esperando o arcabouço ser aprovado para ver o quanto de espaço fiscal a gente vai ter ? mais R$ 30 bilhões, menos R$ 30 bilhões ? para falar o valor desse pacotão", concluiu.