"Haverá responsabilidade criminal", diz chefe de Meio Ambiente da transição
Jorge Viana alega que houve estrago proposital na agenda ambiental durante governo Bolsonaro
O coordenador do grupo de Meio Ambiente do gabinete de transição, Jorge Viana (PT-AC), afirmou que haverá "responsabilização criminal", no próximo governo, dos autores do desmonte ambiental na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o ex-senador e engenheiro florestal, houve um estrago proposital na área ambiental.
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"Concluímos nosso trabalho de ouvir a sociedade civil no GT de Meio Ambiente da equipe de transição do governo do presidente Lula. Chegamos à conclusão, no primeiro relatório que fizemos, de que houve uma ação deliberada, uma ação que certamente vai ter que ter responsabilização criminal", disse Viana.
O ex-senador classificou a área ambiental como "símbolo do desmonte que ocorreu no país nos últimos quatro anos, para dentro e para fora". A fala foi reforçada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB-SP), que garantiu a atuação do próximo governo no comabate ao desmatamento ilegal, às invasões em terras indígenas e à crise climática.
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A área desmatada na Amazônia continua crescendo significativamente. Na última semana, o Inpe informou que a devastação no bioma em novembro chegou a 555 km², número 123% maior em relação ao mesmo período de 2021. A divulgação dos dados aconteceu poucos dias após a União Europeia aprovar uma lei que proíbe importação de produtos ligados ao desmatamento.